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Capital

Sem receber salários, servidores da Prefeitura organizam manifestação

Luciana Brazil | 28/08/2013 10:44

Depois de ficar sem receber da Prefeitura de Campo Grande o salário referente ao mês de julho, mais de 40 facilitadores sociais, contratados pelo programa do governo Federal, ficarão também sem o pagamento de agosto. Eles já organizam uma manifestação que será amanhã (29), em frente à Câmara de Vereadores.

“Ninguém sabe o que está acontecendo. Já escutamos vários boatos. Mas já sabemos que a folha do mês de agosto não foi fechada, então não receberemos”, disse uma das contratadas que preferiu não se identificar.

A paralisação está marcada para às 8 horas. “Vamos interromper os trabalhos para fazer alguma coisa”.

Após passar por processo seletivo, os facilitadores foram contratados para atuar de abril deste ano até abril de 2014. Eles alegam que, desde o início das atividades, o salário chega atrasado. Os servidores não receberam o pagamento no início do mês de agosto, relativo a julho, e devem ficar sem o salário pago em setembro.

Segundo a denúncia, alguns funcionários já deixaram de ir ao trabalho porque não têm dinheiro para o combustível. “Não sei quem são essas pessoas, mas sabemos que muitos já deixaram de ir trabalhar porque não têm dinheiro para colocar gasolina”.

Há oito dias, o Campo Grande News denunciou a falta de pagamento. À época, a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) informou que não tinha previsão de efetuar o depósito dos salários, que variam de R$ 1 mil a R$ 2 mil. Segundo a denúncia o pagamento “depende de suplementação a ser realizada pela Secretaria de Planejamento”.

Os funcionários contratados alegam que o recurso é federal e vem anualmente por meio do Paif (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família). Eles, inclusive, acusam a Prefeitura de usar indevidamente a verba para cobrir outras despesas.

Alguns servidores culpam os vereadores pelo atraso no pagamento e relembram a polêmica sobre suplementação. , "Dizem que o prefeito (Alcides Bernal) ultrapassou o teto de 5% do orçamento, então, agora, depende de a Câmara liberar”, disse uma funcionária que preferiu não se identificar.

No CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), os facilitadores, de nível médio, atuam em atividades recreativas, comandando, por exemplo, aulas de violão, de ginástica e de artesanato. Os funcionários de nível superior dão aula de educação física. 

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura, mas até o fechamento da matéria não teve resposta sobre a folha de pagamentos. 

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