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Capital

Sem-terra morre eletrocutado e esposa fica com queimaduras ao cavar poço

Nadyenka Castro e Viviane Oliveira | 03/08/2011 15:57

Serviço era feito embaixo de fio de alta tensão

Laurindo morreu quando cavava poço com cano de ferro. (Foto: Pedro Peralta)
Laurindo morreu quando cavava poço com cano de ferro. (Foto: Pedro Peralta)

O sem-terra Laurindo de Souza, 59 anos, morreu eletrocutado e a esposa dele, Aurora de Fátima da Rosa, 53 anos, teve queimaduras, quando ambos cavavam um poço no acampamento Terra Bonita, às margens da MS-060, saída para Sidrolândia, em Campo Grande, na tarde desta quarta-feira.

O poço artesiano era cavado embaixo de uma rede de alta tensão, nos fundos do barraco onde o casal morava. Laurindo segurava uma ponta de um cano de ferro e Aurora, outra.

Ele estava descalço, usava marcapaço e, de acordo com o Corpo de Bombeiros, foi atingido por uma descarga elétrica de 13.800 wolts. Aurora conta que só viu quando o marido caiu. “Eu cai em cima dele”, diz.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a descarga passou por todo o corpo de Laurindo. Os pés dele ficaram completamente queimados.

Conforme os bombeiros, o cano de ferro que o casal utilizava não encostou nos fios. A O choque pode ter acontecido porque trabalhavam embaixo da rede de alta tensão.

Jair Oliveira da Silva, 44 anos, declara que os moradores do acampamento têm por hábito abrir poços artesianos, mas nunca embaixo da rede. Ele acredita que Laurindo fazia o serviço no local por ser mais próximo da sua horta. “Ele era conhecido como inventor de coisas”, lembra Jair sobre o amigo.

A Enersul explica que a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)determina altura mínima de 7 metros para rede de alta tensão na área rural e que há no acampamento onde houve a morte, está há 9 metros.

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