ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 20º

Capital

Servidor do fisco também ajudava a fraudar número de estoques de gados

Luana Rodrigues | 21/07/2015 12:40
Polícia apreendeu notas "quentes" fornecidas por servidor (Foto: Luana Rodrigues)
Polícia apreendeu notas "quentes" fornecidas por servidor (Foto: Luana Rodrigues)

O servidor da Sefaz (Secretaria de Fazenda) Antônio Jocival de Almeida, 43, preso na noite de ontem(20) juntamente com três comparsas por fraudar notas favorecendo o crime de roubo de gados,também pode estar envolvido em um esquema de fraudes de dados cadastrais em um sistema da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal).

Conforme a polícia, o servidor ajudava produtores a inserirem no sistema um número falso de estoque de animais, para que fosse condizente com o total de animais vacinados. O esquema ocorria no momento da atualização de cadastro do produtor, que após adquirir as vacinas de sanidade animal, deve iniciar o processo de declaração do seu estoque efetivo de seus animas e registrar a vacinação do rebanho atual. O processo de declaração é realizado pela internet.

Na sequência, os produtores imprimem a declaração, assinam, reconhecem firma em cartório, e então a entregam com o documento CT-13 na Agenfa(Agência Fazendária) para que a declaração possa ser recepcionada. O servidor recepciona a declaração, protocoliza o recebimento, assina e devolve a segunda via da declaração ao produtor.

De acordo com a polícia, a fraude ocorria nessa última fase. "É importante que o produtor declare informações verdadeiras no momento de inserir os dados no sistema, porque essa fraude pode colaborar, inclusive, com o crime de roubo de gados", disse o delegado Fábio Peró, Garras (Delegacia Especializada em Repreensão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros).

Segundo o delegado, ainda não há informações específicas sobre como o esquema funcionava ou se há outros envolvidos, mas o caso será investigado pela Polícia Civil.

Nos siga no Google Notícias