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Capital

Suspeita de torturar adolescente é apreendida ao brigar com namorado

A jovem de 16 anos estava foragida desde janeiro e foi encontrada após vizinhos denunciarem uma discussão entre ela e o namorado

Geisy Garnes e Clayton Neves | 05/07/2019 15:21
Autora exibindo vítima ferida em grupo de WhatsApp (Foto: Reprodução)
Autora exibindo vítima ferida em grupo de WhatsApp (Foto: Reprodução)

Uma das suspeitas de participar de agressões a uma adolescente de 16 anos em uma casa do Bairro Guanandi – região sul de Campo Grande – foi apreendida pela polícia seis meses depois do crime. A jovem de 16 anos foi encontrada no Bairro Caiobá após vizinhos denunciarem uma briga entre ela e o namorado, pivô da série de torturas em janeiro deste ano.

Conforme o delegado Fábio Sampaio, da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), a suspeita estava com mandado de apreensão em aberto desde janeiro e foi encontrada no dia 10 de junho. “Vizinhos ouviram uma briga entre ela e o namorado e chamaram a Polícia Militar. Na hora de checar os nomes, os militares descobriram o mandado”.

Segundo o delegado, o namorado da jovem foi o pivô da briga que resultou nas agressões a jovem de 16 anos. Toda a sessão de tortura, que durou cerca de duas horas, foi transmitida em um grupo de WhatsApp batizado de “As Bandidas”, que à época tinha 54 participantes.

Depois da apreensão, a jovem então foi levada para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) e de lá para a Unei (Unidade Educacional de Internação), onde sete dias depois se envolveu em uma nova confusão. No dia 17 de junho, após uma discussão com outra interna, quebrou grades da cela e agora responde também por ato infracional de dano ao patrimônio público.

Outras duas jovens, de 17 e 18 anos, são apontadas como autora do crime. A mais nova continua foragida.

O caso – Conforme o relato da vítima ao Campo Grande News, por volta das 18h de 7 de janeiro, a adolescente recebeu mensagem de uma amiga para tomar tereré. A colega, de 17 anos, chamou um motorista de aplicativo, tendo como destino a casa onde ocorreram o ataque. Ao chegar ao local, ela afirma que foi agarrada por duas meninas.

A garota disse que o portão foi trancado e, então, ela foi arrastada para dentro do imóvel, onde foi agredida a socos, chutes e com uma faca, tendo as costas riscadas. A “amiga” fez uma transmissão ao vivo do ataque no grupo de WhatsApp e, de acordo com a vítima, afirmaram ainda que só esperavam uma arma para a matar.

A tortura durou cerca de duas horas e só acabou depois que a irmã da vítima recebeu imagens das agressões. Ela procurou a polícia e deu início a uma busca sobre o paradeiro da vítima, ou que fez as autoras liberarem a garota.

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