Tapa-buraco é trabalho sem fim em ruas onde serviço para pela metade
O início do trabalho de tapa-buraco em algumas das ruas de Campo Grande não é garantia de que todos sejam tampados. Pelo menos não por toda a rua, conforme situações encontradas pelo Campo Grande News.
Entre os moradores, além das críticas quanto à massa “duvidosa” que é colocada em alguns dos buracos, resta também a indignação de um serviço que por vezes começa, mas nunca termina.
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Na rua Júlio Dantas, no Jardim São Bento, por exemplo, parte das crateras da via foi tampada pouco antes do fim da semana passada, segundo os moradores. No entanto, é possível notar pontos onde os buracos até receberam impermeabilizante asfáltico, mas o problema persiste, ou seja, ninguém voltou lá até agora para terminar o serviço.
“Em algumas outras pelo bairro os funcionários chegaram a limpar os buracos, passar uma primeira camada de piche, mesmo sem ter tapado. Mas por aqui, onde foi feito o trabalho os buracos foram tampados com aquelas massas que são compactadas com o pé”, comentou a produtora rural Maria Inês Garcia Bunning, de 75 anos.
Na opinião da moradora esse tipo de serviço não é mais viável para o local. “Tem endereços pela cidade em que já não adianta mais simplesmente tampar o buraco e sim recapear toda a rua”, completa.
Situação semelhante também acontece próximo dali, em trecho da rua Rodolfo José Pinho. Pela rua, segundo comerciantes o tapa-buracos passou antes do primeiro turno das eleições. Mas o serviço de recapeamento com massa quenta só foi executado nos buracos maiores, enquanto nos menores, com massa fria.
“Os agentes atuaram por pelo menos uma semana direto, mas depois o trabalho foi paralisado. Alguns buracos voltaram a abrir com a chuva e cada dia aparecem mais”, conta a vendedora Gabriella Letícia Esteves, de 20 anos.

Em outro ponto da cidade, na Avenida Rodoviária, no bairro Coronel Antonino, a situação dos buracos se agravou depois que a avenida, teve aumento no fluxo de veículos devido às mudanças no tráfego pelo cruzamento com a Consul Assaf Trad e que dá acesso a Avenida da Capital.
A Avenida da Capital, por sua vez, recentemente foi completamente recapeada, mas nas vias paralelas o problema com os buracos persiste e gera dor de cabeça aos motoristas. “São ruas que sofrem do mesmo problema que a Capital antes de ser recapeada, mas que não receberam nenhum tipo de melhoria significativa. Como ela passou a ser usada como principal rota do cruzamento o recapeamento que foi feito em alguns buracos, para suportar a grande quantidade de veículos, não foi suficiente e eles só aumentaram”, se queixou o comerciante Elcio Roma, de 40 anos.
O cronograma das ruas que recebem os serviços de recapeamento e cascalhamento em Campo Grande é divulgado diariamente pelo município e pode ser consultado pelo link. Quanto ao que leva a paralisação dos serviços de tapa-buracos nas ruas, sem que todos tenham sido tampados, a reportagem não obteve retorno até a conclusão da matéria.
A população pode solicitar o serviço de tapa-buraco entrendo em contato com a Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) pelos telefones (67) 3314-3675 e 3314-3676.