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Capital

Temporada de chuvas abre buracões na parede de córregos da Capital

Nos dois principais córregos de Capital, o Prosa e Anhanduí, o problema com as contenções é antigo

Geisy Garnes | 21/12/2017 18:20
Barragem da Avenida Fernando Corrêa está desmoronando (Foto: André Bittar)
Barragem da Avenida Fernando Corrêa está desmoronando (Foto: André Bittar)

Tão comuns aos olhos de quem mora em Campo Grande, os córregos que cortam a cidade estão se tornando risco para moradores, comerciantes e motoristas. Com as chuvas intensas dos últimos tempos, as obras de contenção das margens começam a ceder e buracos causados por deslizamento se tornam cada vez mais comuns.

Nos dois principais mananciais da Capital, o córrego Prosa e o rio Anhanduí, o problema com as contenções é antigo e se agrava ainda mais em épocas de chuva. A equipe de reportagem do Campo Grande News encontrou os primeiros sinais de danos ainda na Avenida Ricardo Brandão.

Próximo à Universidade Anhanguera- Uniderp, parte do gabião começa a se desfazer. A poucos quilômetros dali, o barranco e parte da contenção já desmoronaram. A situação se repete em pelo menos três pontos. Na Avenida Fernando Corrêa o problema vem desde julho, e após um processo de licitação, a manutenção finalmente começou, no início de novembro. A obra ainda não foi concluída.

Na avenida que acompanha o principal curso d'água da Capital a situação é ainda pior. Pelo menos dois trechos da Ernesto Geisel já foram levados pelo Rio Anhanduí e as faixas de asfalto interditadas. Para quem trabalha no local, a situação é tão ‘normal’ que a revitalização da via é quase um sonho impossível.

Gabião na Ricardo Brandão está cedendo (Foto: André Bittar)
Gabião na Ricardo Brandão está cedendo (Foto: André Bittar)
Parte do asfalto da Ernesto Geisel foi levada pelas águas (Foto: André Bittar)
Parte do asfalto da Ernesto Geisel foi levada pelas águas (Foto: André Bittar)

“Sei que falam que não podemos ser pessimistas, mas eu não vejo perspectiva nenhuma de arrumar isso ai”, relatou Everton Rapassi, funcionário de uma loja de ferramentas em frente ao Estádio Guanandizão. “Aquela parte ali já está indo. Só mais uma chuva e vai”, contou Alex Vieira da Silva, também funcionário do local.

Com a chuva, a situação vem se agravando e as margens do rio sofrendo deslizamento de terra. “Tá piorando. Até as árvores vão morrendo, acho que a água danifica as raízes. Tem lugar que com duas os três chuvas não aguenta”, destacou Valdir Luiz dos Passos, de 65 anos, proprietário de uma oficina mecânica. “Precisa arrumar isso”.

Além dos deslizamentos de terra e do asfalto já danificado, os comerciantes e moradores da região viram as margens do rio se tornarem ‘lixões’, tomadas por matagal. “Meu marido precisou cortar por conta própria os pés de mamonas, porque se não os usuários de droga fazem trieiro”, lamentou a comerciante Reginalda Dias da Silva, de 34 anos.

Prefeitura - Em nota, a Prefeitura de Campo Grande afirmou que “terá que licitar obras de reparos do gabião no trecho do Córrego Prosa ao longo da Avenida Ricardo Brandão. Além disso, afirmou que as obras de revitalização no Rio Anhanduí devem começar ainda no primeiro trimestre de 2018. “O projeto está licitado e encontra-se na fase de assinatura de contratos”, afirmou.

Confira a galeria de imagens:

  • Lixo nas margens do Rio Anhanduí (Foto: André Bittar)
  • Parte da contenção está dentro do Rio (Foto: André Bittar)
  • Usuários passaram a frequentar o córrego (Foto: André Bittar)
  • Asfalto cedeu em frente ao Guanandizão (Foto: André Bittar)
  • Matagal cobre as margens do Rio (Foto: André Bittar)
  • Asfalto em frente ao shopping Norte Sul também cedeu (Foto: André Bittar)
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