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Capital

Terrenos tomados pelo mato viram pontos de venda de droga em bairro

Alan Diógenes | 14/10/2014 10:08
Usuários de drogas usam terrenos baldios como ponto de venda de entorpecentes. (Foto: Marcelo Calazans)
Usuários de drogas usam terrenos baldios como ponto de venda de entorpecentes. (Foto: Marcelo Calazans)

A grande quantidade de terrenos baldios em Campo Grande ainda é motivo de dor de cabeça para a população. Na Vila Planalto, no cruzamento da Avenida América Com a Lopes Trovão, é possível encontrar várias áreas tomadas pelo mato alto. Os moradores do local estão preocupados com a aglomeração de usuários drogas que utilizam os espaços como ponto de venda de entorpecentes.

O dentista Ismael Benites, 44 anos, contou que depois que observou a movimentação de usuários de drogas na região colocou câmeras de segurança e cerca elétrica para ter mais tranquilidade. “Estava conversando com um amigo meu que é policial e ele me disse que uma pichação que existe no muro de um terreno baldio ao lado de casa significa um código entre os traficantes que ela é ponto de troca e venda de drogas. Fiquei preocupado e decidi me prevenir com câmeras e cerca elétrica”, comentou.

A aposentada Ivani Mateus da Silva, 58 anos, também está preocupado com a presença de usuários de drogas pelo local. Ela afirmou que já presenciou várias ocasiões em que pessoas estranhas entram nos terrenos. “Já vi carros estranhos parando nesses terrenos e uma grande movimentação de pessoas. Os vizinhos dizem que traficantes escondem drogas no meio do mato para depois vender. Todos os dias espero meu filho chegar da faculdade à noite com medo de que alguma coisa ruim aconteça”, destacou.

Para ela, a prefeitura deveria tomar uma medida mais enérgica para evitar a situação. “Já entrei em contato com a prefeitura e eles dizem que não têm como obrigar os proprietários dos terrenos a limparem. Mas eles deveriam arrumar uma maneira de obrigar os donos a limparem os terrenos. Talvez uma cobrança pelo IPTU já resolveria o problema.

Outra preocupação dos moradores é com a dengue. Os terrenos baldios estão servindo como depósito de lixo e criadouros do mosquito transmissor da doença e outros insetos. A enfermeira Aparecida Alencastro, 66, que mora no bairro há seis anos, disse que ela e os vizinhos já ligaram para a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) através do número 156 para informar sobre a situação dos terrenos baldios, mas até agora nada foi feito.

“Desde quando cheguei aqui existem esses terrenos baldios. Só na minha rua existem quatro que nunca foram limpados. Já ligamos para a prefeitura para resolver o problema, mas não tivemos retorno. Meu medo é com a dengue, insetos ou com animais peçonhentos que podem entrar em nossas casas”, explicou Aparecida.

O Campo Grande News entrou em contato com a Secretaria Municipal de Infraestrutura, mas as ligações não foram atendidas.

Copo de plástico cheio de água serve como criadouro do mosquito da dengue. (Foto: Marcelo Victor)
Copo de plástico cheio de água serve como criadouro do mosquito da dengue. (Foto: Marcelo Victor)
Em busca de segurança, Ismael colocou câmeras e cerca elétrica em sua residência. (Marcelo Calazans)
Em busca de segurança, Ismael colocou câmeras e cerca elétrica em sua residência. (Marcelo Calazans)
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