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Capital

Traficantes quebram luminárias das ruas para ficar a vontade na escuridão

Aline dos Santos | 03/11/2015 08:07
Na Rua do Violino, poste da iluminação pública não tem lâmpada,
Na Rua do Violino, poste da iluminação pública não tem lâmpada,

Moradores do Dalva de Oliveira, região do bairro Tiradentes, denunciam que a iluminação pública é depredada para que o tráfico de droga atue mais “à vontade”. O cenário de escuridão ocorre em ruas como Flauta, Violino e Tuba.

A maioria das luminárias é amassada e não tem grade de proteção. Há caso em que está sem lâmpada. No outro extremo, as que funcionam, ficam acesa até durante o dia. “Tem algumas com lâmpada, mas acho que desconectam o fio”, afirma uma moradora de 43 anos.

Pelas via apertadas, comércio com grades e câmeras, além de casas circundadas por altos mutos indicam preocupação com a segurança “Tinha que ter uma base móvel da polícia andando por aqui. Você não suporta o cheiro de maconha, fumam em frente da casa da gente. Depois da 22 horas tem que vir junto com a polícia”, diz a moradora.

Um morador de 21 anos conta que o comércio nas bocas de fumo é intenso e que a iluminação pública é danificada, principalmente, nas esquinas. Segundo ele, há um acordo tácito. “Eles não mexem com nós e a gente não mexe com eles”, relata.

“Querem ficar no escuro porque é muita 'drogaiada'. Acho que faz de sacanagem”, diz outro morador. Nenhum entrevistado quis se identificar.

Comandante do Policiamento Metropolitano em Campo Grande, o coronel Francisco Ovelar afirma que a PM (Polícia Militar) faz rondas, operação na região e que, de vez em quando, a cavalaria vai ao local. Segundo ele, os moradores reclamam da concentração de adolescentes nas calçadas e já classificam o local como boca de fumo.

Conforme o coronel, a orientação é que acionem a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), responsável por investigar o tráfico de drogas. “Era um bairro problemático, mas não temos quase registros lá”, diz.

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