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Capital

Um morre e 4 vão para hospital após serem baleados em ponto de ônibus

Ângela Kempfer | 19/02/2012 07:30
Grávida de 5 meses também foi atingida. (Fotos: João Garrigó)
Grávida de 5 meses também foi atingida. (Fotos: João Garrigó)
Equipes socorrem outra vítima em meio a tumulto depois do tiroteio.
Equipes socorrem outra vítima em meio a tumulto depois do tiroteio.

Um rapaz morreu e outros quatro jovens foram levados para Santa Casa depois de serem baleados quando esperavam ônibus na avenida Afonso Pena. O quadro de um dos sobreviventes é grave.

A cena na madrugada de hoje, na esquina com a rua 14 de Julho, era de gente caída na calçada sangrando e outros apoiados em amigos também feridos, cercados por curiosos e viaturas da Polícia.

O grupo havia saído do baile popular na Fernando Correa da Costa, por volta das 4h30 e esperava o ônibus em um ponto lotado, quando dois rapazes em uma moto chegaram e passaram a atirar.

Seis tiros foram disparados em direção a quem estava no local, em frente à loja Planeta Real, na Afonso Pena. As pessoas saíram correndo, desesperadas, contam as testemunhas.

Welington de Jesus, 20 anos, foi atingido na altura do tórax e morreu antes de chegar ao hospital.

Uma adolescente de 16 anos, grávida de 5 meses, foi atingida de raspão na testa. Dois amigos que estavam no ponto, identificados por colegas como Paulo César e Anderson, também tentaram correr ao ouvir os primeiros tiros, mas acabaram no chão, baleados. Outro rapaz foi atingido no pé.

Dois rapazes foram presos minutos depois e admitiram os disparos.
Dois rapazes foram presos minutos depois e admitiram os disparos.

Minutos depois, a Polícia Militar conseguiu capturar os responsáveis pelos disparos. Jackson Almeida Larrea, de 21 anos, e Janerson Soares Ferreira dos Santos, de 27, estavam ainda na moto, na esquina da Afonso Pena com a Ernesto Geisel e em abordagem da PM foram flagrados com o revólver usado minutos antes.

Na delegacia, eles disseram aos policiais que foram agredidos por um dos jovens baleados e resolveram acertar as contas. “Ele bateu na gente, na hora da saída”, disse Janerson. Segundo eles, antes de irem para a festa, os dois deixaram o revólver em um matagal próximo, mas não explicar o motivo.

Os dois moram do bairro Santa Emília e são conhecidos do grupo do rapaz que morreu durante o tiroteio. “A gente conhece eles, mas não tem nada disso de briga não”, garantiu uma das meninas que estava com Wellington no ponto, mas não se identificou.

Muito nervosa, ao lado de outros 5 garotos com linguajar do “mano...nós vamos arrepiar esses caras”, a jovem de 20 anos disse que vive no bairro Dom Antônio Barbosa e que os amigos estavam “quietos no ponto quando os dois passaram de carro e começaram a mexer. Depois voltaram de moto e o que estava na corona começou a atirar”.

Uma jovem que estava com a adolescente baleada conta a mesma história. “Só que na hora que a gente viu que ia dar briga feia, nós saímos de lá. Mesmo assim, eles continuaram atirando e minha amiga foi baleada quando já estava lá na 14 (de Julho)”.

Diego Diniz Mendonça, de 21 anos, acompanhava o socorro às vitimas revoltado depois do susto. “Nunca vi uma coisa dessas. Podia ser eu aí, morto. Eu tava do lado desse cara”, apontava para um dos jovens baleados.

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