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Capital

Usuário reclama da superlotação e queda na qualidade de ônibus a R$ 3

Alan Diógenes | 12/11/2014 09:03
Usuários disseram que valor não corresponde ao serviço prestado e se queixam da falta de fiscalização da agência de regulação. (Foto: Marcelo Calazans)
Usuários disseram que valor não corresponde ao serviço prestado e se queixam da falta de fiscalização da agência de regulação. (Foto: Marcelo Calazans)

Os usuários do transporte coletivo acordaram nesta manhã de quarta-feira (12) tendo que desembolsar R$ 0,30 a mais pela passagem de ônibus. Com o reajuste de 11%, a tarifa passou de R$ 2,70 para R$ 3,00, e não agradou a maioria dos usuários que reclama da qualidade e da falta de fiscalização do serviço prestado. Os ônibus executivos também são alvo de queixa, já que ficaram sem ar-condicionado e televisão.

Conforme a empregada doméstica Neide da Silva, 38 anos, que todos os dias pega o ônibus na Rua Rui Barbosa, Centro da Capital, para ir ao serviço, o principal problema enfrentado pelos usuários é a superlotação. “É difícil encontrar um ônibus que não esteja lotado. Todos os dias eles estão superlotados”, explicou.

A Agereg (Agência de Regulação) apresentou no dia 29 do mês passado, tarifa "técnica" do transporte coletivo de R$ 2,94. Mas o valor não incluia o reajuste do combustível. O valor foi repassado ao prefeito Gilmar Olarte (PP), que colocou em prática o reajuste da tarifa para R$ 2,99, e posteriormente arredondou para R$ 3,00.

Para Neide, a agência de regulação deveria propor um valor que coincidisse com a qualidade do serviço prestado. “Já que eles são do órgão regulador, deveriam propor algo que estivesse de acordo com o serviço prestado, que em minha opinião, hoje é de má qualidade”, destacou.

A empregada doméstica Cida Oliveira, 52 anos, contou que dentro do ônibus a reclamação sobre o aumento do ônibus era unânime entre os usuários. “Ninguém concorda com isso. E tudo aconteceu por que aumentou o combustível. Já vivemos no empurra-empurra dentro dos ônibus, ninguém respeita ninguém e ainda temos que pagar mais caro”, comentou.

O técnico de informática Daniel Lucas dos Santos Siqueira, 22 anos, reclama do aumento da tarifa do ônibus executivo, conhecido popularmente como “fresquinho”, que subiu de R$ 3,30 para R$ 3,60. “Teoricamente este ônibus deveria ser diferenciado, com ar condicionado e televisão. Mas eles trocaram os ônibus e colocaram na linhas ônibus comuns, ou seja, pagamos mais caro para usufruir do mesmo serviço que os que pagam mais barato”, mencionou.

Apesar de ser neutra em relação ao reajuste da tarifa, a dona de casa Teodora Gueva Grance, 38 anos, disse que iria ficar complicado se a tarifa fosse de R$ 2,99, e não o valor arredondado. “Tudo sobe e a tarifa deveria subir. Mas se fosse R$ 2,99, como ele iam devolver o troco, certeza que esse um centavo iria ficar para trás”, finalizou.

Neide conta que nunca consegue pegar um ônibus vazio. (Foto: Marcelo Calazans)
Neide conta que nunca consegue pegar um ônibus vazio. (Foto: Marcelo Calazans)
Daniel não gostou do valor pago pelo ônibus executivo. (Foto: Marcelo Calazans)
Daniel não gostou do valor pago pelo ônibus executivo. (Foto: Marcelo Calazans)
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