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Veja como providenciar desinsetização grátis contra animais peçonhentos

As orientações são prestadas gratuitamente e a aplicação de veneno também, desde que haja infestação no local

Por Cassia Modena | 14/12/2023 10:47
Toda espécie de escorpião possui veneno, mas maioria dos casos de picada não é grave (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Toda espécie de escorpião possui veneno, mas maioria dos casos de picada não é grave (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

Altas temperaturas, muita chuva e espaços que podem ser usados como abrigo criam cenário ideal para o aparecimento de animais peçonhentos como o temido escorpião, além de aranhas e serpentes. Em Campo Grande, há dois serviços gratuitos que podem ajudar a combatê-los nas residências.

Um deles é a desinsetização, antes conhecida como dedetização. Ela é feita apenas em locais onde há infestação. Isso precisa ficar comprovado após visita de avaliação, explica a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Uma equipe do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) é encaminhada até a casa do morador para realizar a vistoria e fazer orientações sobre como fazer barreiras físicas contra acidentes com esses animais. A desinsetização com aplicação de veneno é feita depois, quando necessário.

A visita para avaliação pode ser agendada entrando em contato com os números (67) 3313-5000, 2020-1802 e 2020-1796 (WhatsApp).

O órgão atua também na desinsetização de repartições públicas, como escolas, por exemplo. Nesses lugares, o trabalho é realizado aos fins de semana ou em período fora do expediente.

O CCZ já recebeu 2.013 solicitações de desinsetização este ano. Dessas, 1.823 foram atendidas e 170 ainda aguardam atendimento, segundo a Sesau.

Orientações - A população também pode receber orientação sobre como se proteger de animais peçonhentos entrando em cuidado com o Ciatox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica), que atua prestando informação a moradores e capacitando profissionais para lidar com o perigo da intoxicação do veneno desses seres, além da intoxicação por meio de medicamentos e produtos de limpeza, por exemplo.

O centro não faz visitas a locais e não atua diretamente na eliminação desses agentes. O atendimento ao público geral e a profissionais para dar informações técnicas, orientações e fazer notificações pode ser solicitado por telefone, nos números 0800 722 6001 ou (67) 3386-8655.

Escorpiões - O coordenador estadual de vigilância ambiental e do Civitox, Karyston Adriel Machado, explica que as principais dúvidas respondidas à população tem sido sobre o nível de perigo que cada escorpião representa e o que pode ser feito para prevenir acidentes com eles.

"Sobre o risco de acidente grave com escorpião, a resposta é que todos possuem veneno capaz de causá-lo e todas as picadas podem evoluir para casos graves. No entanto, 99% resultam em casos leves", explica Karyston.

Principais orientações do Ciatox contra os aracnídeos (Arte: Bárbara Campiteli)
Principais orientações do Ciatox contra os aracnídeos (Arte: Bárbara Campiteli)

No caso de ser picado ou ter suspeita de ser picado por sentir dor moderada à forte em alguma parte do corpo, a recomendação que o Ciatox dá é procurar o mais rápido possível uma unidade de saúde próxima.

Quando o escorpião ou outro agente peçonhento ataca alguém e é visualizado, pede-se relato das características, especialmente a cor, a apresentação de uma foto ou do próprio animal à unidade de saúde, para que o tratamento mais adequado seja dado durante o atendimento.

Casos - Em todo Mato Grosso do Sul, a Secretaria Estadual de Saúde registrou 3.623 acidentes envolvendo escorpiões. Os dados são de janeiro a outubro deste ano.

Campo Grande lidera o ranking das cidades com mais notificações de acidentes. A região que lidera em quantidade é o Anhanduizinho, a mais populosa da Capital. Ela é formada por 14 bairros: Aero Rancho, Parati, Pioneiros, Alves Pereira, Centenário, Lageado, Los Angeles, Centro-Oeste, Guanandi, Piratininga, Jacy, América, Jockey Club e Taquarussu.

Ainda segundo Karyson, a densidade demográfica, a vulnerabilidade social na região e a presença de rios estão entre as razões que justificam o alto número de registros.

Matéria editada às 16h para acréscimo de números para contato.

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