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Capital

Vídeo mostra perseguição de policial a carro de empresário na Ernesto Geisel

Confusão terminou com morte de Adriano Correia, de 33 anos, e deixou outros dois feridos

Luana Rodrigues e Amanda Bogo | 31/12/2016 10:49
Acidente foi na manhã de hoje na avenida Ernesto Geisel. (Foto: Simão Nogueira)
Acidente foi na manhã de hoje na avenida Ernesto Geisel. (Foto: Simão Nogueira)

Vídeo de câmeras de segurança de um comércio (assista abaixo) mostra o momento exato em que um policial rodoviário federal, ainda não identificado, persegue a caminhonete ocupada por três rapazes na manhã deste sábado (31).

A perseguição resultou na morte de Adriano Correia, 33 anos, e deixou um homem, identificado como Aguinaldo Espinosa da Silva, ferido e o filho dele baleado.

Pelas imagens é possível ver a Hilux percorrendo a Avenida Ernesto Geisel em alta velocidade. Logo em seguida aparece o carro do policial, uma Mitsubishi Pajero, e alguns segundos depois a polícia chega.

Pela versão do policial dada à polícia, os ocupantes da caminhonete reagiram a uma ordem de parada e por isso ele atirou, em legítima defesa. Mas, amigos e familiares de Adriano não acreditam neste relato.

Segundo Weslei Lima, 23 anos, amigo de Adriano, o rapaz estava voltando de uma festa numa boate no bairro Amambaí, quando tudo aconteceu. “Eles saíram tranquilos, o Adriano sempre foi muito sossegado. Não acredito de forma alguma que ele tenha tentado brigar, ele não era assim, sempre tentava resolver as coisas na conversa”, disse.

Outra amiga, que preferiu não se identificar, disse que soube por uma testemunha que Adriano fechou o policial no trânsito, mas na mesma hora desceu do carro e pediu desculpas pelo ocorrido.

“Ele desceu do carro e foi conversar com o policial, pediu para chamar a polícia de trânsito, nisso, o policial estava muito alterado e sacou a arma, por isso eles correram para a caminhonete, neste momento o policial já começou a atirar”, disse a moça.

Os amigos não sabem dizer se a vítima ingeriu bebida alcoólica na festa e depois saiu conduzindo o veículo. De acordo com Enilton Pires Zalla, delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) do Centro, a princípio, o que houve foi de fato um desentendimento de trânsito.

No entanto, o policial rodoviário federal contou que tentou fazer uma abordagem à caminhonete e o condutor teria jogado o veículo sobre o Pajero dele. "Ele alega legítima defesa. Não sei dizer a razão dos disparos, por isso vou à Santa Casa ouvir os passageiros da caminhonete", disse.

Ainda segundo o delegado, o policial disse que chegou a pedir reforço ligando no 190, por isso a polícia chegou com rapidez ao local. "Essas informações serão confirmadas para que realmente possamos entender o que houve", afirma Zalla.

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) não informou a identificação do policial, mas disse em nota que “os fatos estão sendo apresentados à Polícia Civil, que já realizou a perícia. Neste momento acontece a oitiva dos envolvidos e todas informações referentes ao fato serão levantadas para maior detalhamento da ocorrência.”

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