ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 30º

Capital

Vídeo pode ajudar a solucionar caso de execução de dono de jornal

Nyelder Rodrigues | 22/11/2012 02:48
Eduardo Carvalho era ex-PM foi morto em frente de casa, na rua Cláudia, bairro Giocondo Orsi (Foto: Nyelder Rodrigues)
Eduardo Carvalho era ex-PM foi morto em frente de casa, na rua Cláudia, bairro Giocondo Orsi (Foto: Nyelder Rodrigues)

Um vídeo de circuito se segurança de residência vizinha pode desvendar o caso de execução do dono do jornal eletrônico UH News, Eduardo Carvalho, de 51 anos.

O crime aconteceu em Campo Grande por volta das 22h40, na rua Cláudia, bairro Giocondo Orsi, em frente a casa dele, que não tinha câmera de segurança. Outros vídeos estão sendo procurados pela Polícia Civil.

Carvalho morreu no local. Relatos indicam que houve entre três e cinco disparos. No corpo, haviam cinco perfurações. Um dos tiros entrou próximo da região da costela aparentemente atravessou o tórax dele. Cápsulas de munições .45 foram encontradas na rua.

Conforme a mulher de Eduardo, eles chegavam à residência em um veículo Fusion, enquanto ela estacionava o carro na garagem, ele desceu e foi guardar a moto, que sempre deixava para fora.

Neste momento, ele foi alvejado por um homem que seguia na garupa de uma motocicleta, conduzido por outro homem. Ao ouvir os tiros, a mulher voltou para a rua, tendo encontrado o marido já caído no chão, perdendo muito sangue e com a motocicleta sobre ele.

Ele portava uma pistola registrada, calibre 380, que estava carregada. Porém, não conseguiu tirá-la da cintura. A mulher conseguiu pegar a arma, justamente na hora em que os autores dos tiros retornaram ao local. Ela ainda apontou a arma e tentou disparar, mas como a arma estava travada, não houve disparos e os criminosos fugiram em direção à Via Parque.

A hipótese inicial de que a dupla de moto voltou para conferir se a vítima estava morta foi afastada e a mais cogitada agora é que eles tenham voltado para buscar o cartucho da pistola que deixaram cair no momento do crime.

A polícia acredita que a mulher de Carvalho também não tenha sido morta pois, como a dupla de criminosos haviam perdido o cartucho da pistola .45, também estavam sem munições e tiveram que fugir do local.

Investigação - Eduardo Carvalho era ex-policial militar. Ela havia sofrido um atentado anterior, quando estava no carro com a filha. O jornal que ele comandava costumava publicar matérias polêmicas e criar desafetos. Por causa disso, várias linhas de investigação serão seguidas e nenhuma hipótese será desprezada, segundo o delegado Divino Furtado Mendonça.

Delegado Divino Furtado Mendonça afirma que nenhuma hipótese sobre o crime pode ser desprezada (Foto: Nyelder Rodrigues)
Delegado Divino Furtado Mendonça afirma que nenhuma hipótese sobre o crime pode ser desprezada (Foto: Nyelder Rodrigues)

Há alguns dias, Carvalho recebeu de um colega policial uma mensagem para ele tomar cuidado, pois a facção criminosa paulista PCC (Primeiro Comando da Capital) poderia realizar atentados contra policiais do Estado.

Ainda assim, a possibilidade que haja envolvimento com a facção criminosa paulista PCC (Primeiro Comando da Capital) é remota, tanto para a polícia como para a família. De acordo com o delegado Mendonça, a principal linha a ser estudada é se o crime tem relação com alguma reportagem que foi publicada ou seria publicada no jornal UH News.

Na terça-feira (20), Eduardo Carvalho postou em seu perfil no facebook que “o baú tá cheio de ‘novidades’ cada uma mais escabrosa que a outra”. Além disso, ele postou que havia sofrido humilhações e sido perseguido, mas tinha chegada a hora de virar a mesa , estando preparado para o que der e vier.

O caso foi registrado como homicídio doloso na 3º Delegacia de Polícia Civil, no bairro Carandá, onde será investigado.

Carvalho portava a carteira de policial militar reformado, crachá do jornal que era dono e uma pistola calibre 380, com munições (Foto: Nyelder Rodrigues)
Carvalho portava a carteira de policial militar reformado, crachá do jornal que era dono e uma pistola calibre 380, com munições (Foto: Nyelder Rodrigues)
Ele havia postado em perfil na rede social que “o baú tá cheio de ‘novidades’ cada uma mais escabrosa que a outra" (Foto: reprodução/facebook)
Ele havia postado em perfil na rede social que “o baú tá cheio de ‘novidades’ cada uma mais escabrosa que a outra" (Foto: reprodução/facebook)
Nos siga no Google Notícias