Virar à esquerda é proibido na Ceará há 8 anos, mas poucos respeitam
O certo é o "laço de quadra", o nome técnico para dar a volta na quadra, o que quase ninguém obedece

A infração é grave, mas ninguém respeita o laço de quadra - nome técnico para o dar a volta na quadra -, obrigatório e implantado há oito anos por toda a extensão da Avenida Ceará, em Campo Grande. É proibido virar à esquerda por toda a via e um acidente na manhã desta sexta-feira (26), no cruzamento com a Rua Piratininga, evidenciou o desobediência constante na região.
Conforme o gerente de fiscalização de trânsito da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Carlos Guarini, a situação é de conhecimento dos agentes, porém, infelizmente, não dá para ser monitorada 24 horas por dia.
“A proibição não se encontra apenas no ponto onde ocorreu o acidente, mas por toda a extensão da avenida. A obrigação é obedecer, mas em qualquer volta na cidade, a situação é gritante. Os agentes estão fiscalizando e recebendo denúncias de outros problemas pela cidade, Mas a Ceará é uma avenidas em que os motoristas mais desrespeitam o laço de quadra”, explica.
Pela manhã, um motociclista sofreu escoriações e precisou ser socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros, depois que o veículo que conduzia colidiu na lateral de um Fiat Uno, que desobedeceu a sinalização.
A reportagem do Campo Grande News foi até o ponto e, em apenas 20 minutos, flagrou dezenas de motoristas que param em plena avenida movimentada, para realizar a conversão proibida ou entrar em lojas localizadas na região.
O comerciante Magno Bibiano, de 29 anos, disse que além da desobediência, os motoristas acham que buzina resolve. “Nossa.... buzina tem todo dia e toda hora. Eu acho que falta conscientização por parte dos motoristas que ficam com preguiça de dar a volta na quadra. O trânsito aqui é muito intenso, além de tudo o pessoal desce muito rápido e quando um carro faz uma conversão errada a chance de ter um acidente é muito grande”, disse.
O aposentado e comerciante da região Nelson João acreditam que multas “mais pesadas” podem amenizar o problema.
“Eu vejo motoristas virando a esquerda aqui, direto. Está erradíssimo e olha que aqui acontece de tudo. Falta preparo dos motoristas e eles precisam prestar atenção na sinalização. Tinha que ter multa mais séria, mais pesada, porque quando a pessoa sente no bolso aprende”, finalizou.
O motociclista acidentado nesta manhã espera por cirurgia ortopédica na Santa Casa, mas o quadro clínico é considerado estável.