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Capital

Vítimas de assaltantes, universitários reclamam de insegurança na UFMS

Christiane Reis | 06/08/2016 07:24
Via assessoria, UFMS informou que mantém seguranças no interior do campus. (Foto: Christiane Reis)
Via assessoria, UFMS informou que mantém seguranças no interior do campus. (Foto: Christiane Reis)

A roda de violão, tão comum, entre os jovens, não se aproxima nem um pouco da sensação de insegurança descrita pelos alunos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Os relatos de casos de assaltos na saída da universidade são comuns, já houve, inclusive, aluno que foi agredido fisicamente pelos assaltantes. Na quinta passada (4), um deles relatou no Facebook a violência, deu dicas de como se comportar no caso de abordagem e chamou a atenção dos colegas para andarem em grupos.

“(...) A segurança da universidade e a polícia não vão te proteger, e amanhã é dia de bar, sarau, o que provavelmente significa que vão ter mais assaltos ainda. Por isso, é importante amanhã andar em grupos grandes (...) Se te abordarem, levante a mão, assim fica claro pras pessoas em volta o que tá acontecendo. Também é importante levar um celular velho e uma carteira com pouco dinheiro ou coisas do tipo para entregar pro assaltante: na maioria das vezes eles sossegam assim que conseguem pegar qualquer coisa de você(...)”, conforme trecho do post.

O Campo Grande News conversou com a vítima, que embora tenha exposto a situação na rede social, preferiu o anonimato com medo de represálias. “Estava com um amigo, aguardando outra amiga, no ponto de ônibus na saída da UFMS. Chegaram três rapazes de bicicleta e com facas. Eles pediram os celulares e levaram apenas o do amigo, chegaram a tocar no meu bolso, mas não encontraram nada”, contou a vítima. Esta foi a primeira vez que foi assaltado. “Muita gente comentou que houve muito assalto, inclusive até dentro do campus. A sensação que temos é de muita insegurança”, disse. O caso ocorreu por volta das 22 horas.

No facebook, estudante dá dicas de como se comportar em caso de abordagem. (Foto: Reprodução)
No facebook, estudante dá dicas de como se comportar em caso de abordagem. (Foto: Reprodução)

Uma volta no campus da Universidade e facilmente se encontra exemplos de pessoas que já foram vítimas de assaltos. Os nomes serão preservados por motivo de segurança.

Há dois meses, um estudante de Psicologia foi vítima e chegou a ser agredido. “Perto do portão 3, três homens me abordaram e dois estavam com armas. Eles pediram o celular e estava muito difícil de pegar na bolsa. Eles ficaram com raiva me puxaram para um terreno próximo, rasgaram minha roupa e me bateram muito, usando a arma”, contou.

Depois do assalto, o que ficou foi a sensação de medo. Ele iniciou tratamento psicológico e até hoje é difícil sair de casa. “ É a rua que eu passo todo dia. Tem dias que me pego chorando na rua, de lembrar do que ocorreu”.

Um outro estudante também contou que foi assaltado em fevereiro deste ano, a caminho do ponto de ônibus. “Estava com três amigos e fomos abordados por dois homens, aparentemente adolescentes. Eles estavam com revólveres e de bicicleta, não nos agrediram”, o alvo é sempre o celular.

Para o estudante o clima é de total insegurança. “ Ninguém está seguro aqui. O que fazemos é tentar caminhar apenas pelos corredores e evitar as ruas, porque é escuro e isso facilita que os bandidos se escondam e abordem as pessoas”, disse.

Por meio da assessoria de imprensa, a UFMS informou que desde janeiro foram registrados cinco ocorrências de roubos no campus da Universidade, em 2015 não houve ocorrências. Ali, ainda segundo informações, são 218 câmeras de videomonitoramento o que no entender da Instituição inibe a ação dos bandidos. A assessoria também disse que já solicitou policiamento, pois, segundo a Instituição, o que ocorre fora do campus não há como ter intervenção dos seguranças da Universidade. O número de seguranças não foi informado.

Segundo informações da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) de janeiro a 5 de agosto deste ano foram registrados 4.476 roubos em Campo Grande. Não há informações sobre o número de ocorrências apenas na região da UFMS, o Campo Grande News não obteve retorno quanto o possível aumento do policiamento na região.

Na roda de violão, entre uma música e outra, histórias de assaltos. (Foto: Christiane Reis)
Na roda de violão, entre uma música e outra, histórias de assaltos. (Foto: Christiane Reis)
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