Golpista que cobrava para adiantar fila da Emha é capturado por vítimas
Sebastião Coutinho confessou ter cobrado para “furar a fila” de programas habitacionais em Campo Grande
Um homem de 46 anos, identificado como Sebastião Ribeiro Coutinho, foi preso na noite de quarta-feira (12) em um supermercado localizado na Rua da Divisão, no bairro Parati, em Campo Grande, após ser reconhecido por mulheres que o acusam de aplicar golpes envolvendo casas da EMHA (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande).
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Homem de 46 anos foi preso em Campo Grande após ser reconhecido por vítimas de golpe envolvendo falsas promessas de casas da Agência Municipal de Habitação. Sebastião Ribeiro Coutinho foi detido em um supermercado no bairro Parati, após mulheres o identificarem e o conterem até a chegada da polícia. As vítimas relataram prejuízos que somam mais de R$ 32 mil, entre dinheiro e joias, pagos via PIX entre março e abril deste ano. O suspeito alegou repassar os valores a um suposto funcionário da Emha. O caso foi registrado como estelionato e está sob investigação.
Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada no início da noite para conter uma confusão no local. Ao chegar, os policiais encontraram uma aglomeração de pessoas e foram abordados por uma mulher que relatou ter reconhecido o suspeito e disse ser vítima de um golpe de falsa promessa de adiantamento na fila de habitação mediante pagamento.
Outras mulheres também se apresentaram como vítimas e afirmaram ter sido enganadas pelo mesmo homem. Revoltadas, elas contiveram o suspeito até a chegada da polícia. Sebastião, então, foi abordado e admitiu aos militares que recebia valores de pessoas interessadas em obter casas populares.
Porém, alegou que o dinheiro era repassado a outro homem que seria funcionário da EMHA. Ele não portava documentos nem celular no momento da detenção e foi levado para a Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).
Na delegacia, novas vítimas compareceram e contaram que os golpes ocorreram entre março e abril deste ano. Os valores pagos variam de R$ 360 a R$ 7 mil, totalizando mais de R$ 25 mil, além de joias avaliadas em cerca de R$ 7 mil. Todos os pagamentos foram feitos via Pix para a conta do suspeito.
O caso foi registrado como estelionato e será investigado pela Polícia Civil, que apura se há outras pessoas envolvidas no esquema. Até o momento, seis pessoas estiveram na delegacia, sendo cinco mulheres e um homem.
Em nota, a Emha alertou a população sobre as falsas promessas de adiantamento na fila de programas habitacionais e informou que não existe nenhuma possibilidade de compra ou reserva antecipada das casas populares.
"Para ser contemplado com uma moradia de interesse social, é necessário estar cadastrado no cadastro geral da agência, além de se inscrever no empreendimento específico no qual deseja concorrer. A seleção das famílias é realizada exclusivamente por meio de critérios legais e sociais previamente definidos pelo Governo Federal", diz a agência.
