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Capital

Vivendo com sequelas de espancamento há 9 anos, morador do Caiobá morre

Manoel do Nascimento Garcia, 26 anos, vivia acamado desde então com sequelas de trauma na região da cabeça

Viviane Oliveira | 24/03/2021 06:41
Foto mostra a situação que o rapaz vivia em casa desde o dia que foi espancado (Foto: reprodução / processo)
Foto mostra a situação que o rapaz vivia em casa desde o dia que foi espancado (Foto: reprodução / processo)

Vivendo com sequelas de espancamento havia 9 anos, Manoel do Nascimento Garcia, 26 anos, morreu ontem (dia 23) na Santa Casa de Campo Grande após passar mal um dia antes em casa, no Portal Caiobá, em Campo Grande.

Conforme boletim de ocorrência, a mãe da vitima de 54 anos contou que estava em casa com seu filho, quando por volta das 15h de terça-feira (dia 22)  ele começou a passar mal, teve vômito, diarreia, suor intenso, além das unhas das mãos escurecerem.

Manoel foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) à Santa Casa. Ele deu entrada na unidade às 21h15 com quadro de parada cardiorrespiratória, permanecendo em assistência médica pelas próximas horas . O óbito foi constatado na madrugada desta terça-feira, às 3h12.

A vítima, segundo registro policial, tinha histórico de espancamento ocorrido na madrugada do dia 11 de fevereiro de 2012. Ele vivia acamado desde então com sequelas de trauma na região da cabeça. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.

Espancamento - O crime aconteceu por volta das 2h, na Rua Santa Gertrudes, na esquina com da Rua São Nicolau, no Bairro Santa Luzia. Segundo o processo sobre o caso, Manoel foi gravemente agredido com chutes na região da cabeça por dois adolescentes, que na época tinha 15 e 16 anos de idade. A violência foi tão grande, que os dentes da vítima ficaram pelo asfalto.

As agressões deixaram sequelas irreversíveis em Manoel, que foi declarado inválido, passando a viver em estado, praticamente, vegetativo, necessitando de cuidados especiais, segundo processo sobre o caso. Ele perdeu totalmente os movimentos, alimentava-se por meio de sonda e fazia uso de fraldas descartáveis.

Consta que Manoel ao tentar defender uma mulher, que  era agredida pelos dois, acabou virando alvo da fúria deles, conhecidos no bairro por serem violentos e por disseminarem o pânico. A família de Manoel pedia na Justiça indenização por danos materiais e morais com pensão vitalícia.

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