ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 21º

Capital

Vizinho ouviu chuveiro ligado por 4h em casa onde bebê morreu afogado

A menina foi levada para UPA Leblon, mas chegou morta ao local. Ela apresentava sinais de estupro

Geisy Garnes | 23/06/2021 08:44
Militares na frente da UPA que bebê foi levada (Foto: Adriano Fernandes)
Militares na frente da UPA que bebê foi levada (Foto: Adriano Fernandes)

O vizinho da mulher que matou a filha de 5 meses afogada no banheiro relatou a polícia que ouviu o chuveiro da casa em que o crime aconteceu ligado por quatro horas e chegou a desligar o registro na tarde desta terça-feira (22), no Jardim Jacy, em Campo Grande. Crime foi descoberto após a menina ser levada pela mãe, identificada como Gabrieli Paes da Silva, de 21 anos, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon.

Policias militares conversaram com o homem depois que o crime foi descoberto. Ele relatou que saiu de casa às 10 horas e escutou o chuveiro da casa ligado, retornou por volta das 14 horas e percebeu que a água continuava a cair e resolveu desligar o registro geral. Quando fez isso notou que a criança estava chorando.

Horas antes o pai da menina também esteve na casa. Ele contou a polícia que o portão estava trancado com o cadeado para dentro, que chamou pela ex-namorada, mas não foi atendido, ouviu apenas a filha chorando. A delegada responsável pelo caso, Fernanda Piovano, relatou ainda que Gabrieli estava estranha há alguns dias e não deixava ele ver a bebê.

Conforme o boletim de ocorrência, a menina foi levada para a unidade de saúde depois que duas amigas da mãe notaram a bebê “muito quieta” dentro do carrinho e notaram que ela estava “gelada”. Os exames médicos constataram que a criança estava morta há algum tempo. Ela ainda apresentava sinais claros de estupro: lesões graves no ânus e na vagina, sangramento e rompimento do hímen. Cabelo humano, de adulto, também foi encontrado na vítima.

A mãe da menina negou saber de qualquer lesão na filha e chegou a falar que foi a única a ter contato com ela. O registro policial diz que Gabrieli apresentou “versões desconexas” e por fim assumiu ter assassinado a criança sozinha. Detalhou que afogou a menina em “um cano de água para tirar o chip da besta da cabeça dela”.

De acordo com a polícia, a suspeita é usuária de drogas e afirmou apenas já ter consumido maconha. Mesmo diante da versão “fora da realidade”, a delegada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), relatou ao Campo Grande News que a suspeita não aparenta sofrer de transtornos mentais.

Caso será investigado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente)

Nos siga no Google Notícias