Carteiros de Dourados aderem à paralisação nacional
Pelo menos 30 carteiros de Dourados aderiram nesta quinta-feira à paralisação nacional da categoria, iniciada ontem. João Quenidi, do comando de greve em Dourados, disse que pelo menos 25 mil correspondências simples, entre faturas, cartas e encomendas, são entregues diariamente em Dourados.
A greve na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul não afeta as entregas de Sedex, considerado serviço essencial, e pode demorar apenas um dia.
Em Campo Grande e Aquidauana, a greve começou ontem. A expectativa era de avanço em negociação com diretores da ECT em Brasília, que ocorreu na tarde dessa quarta-feira, mas não houve resultado positivo e as negociações continuam.
A decisão pela adesão à greve foi tomada em assembleia dos carteiros, ontem à noite. A categoria reivindica da Empresa Braseira de Correios e Telégrafos o pagamento de um adicional de R$ 300 para todos os funcionários. Segundo João Quenidi, o objetivo é reduzir a disparidade salarial que existe na empresa.
Os Correios apresentaram contraproposta que prevê pagamento de R$ 100 lineares mais 9% de reajuste. Em contrapartida, os funcionários ficariam sem aumento salarial até agosto de 2011.
"Os vales Refeição/Alimentação e Cesta também terão melhorias a partir da assinatura do acordo: passam de R$ 20,00 para R$ 21,50 e de R$ 110,00 para R$ 120,00, respectivamente, com pagamento retroativo a agosto de 2009. Em agosto do próximo ano esses valores sobem para R$ 23,00 e R$ 130,00. A proposta prevê, ainda, reajustes nos valores do Reembolso Creche e Babá e do Auxílio para Filho Dependente de Cuidados Especiais, que passam, respectivamente, para R$ 571,74 e R$ 360,20", detalha a ECT em nota à imprensa.
A proposta está sendo avaliada pelo departamento técnico da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares). A resposta dos grevistas à ECT deve sair ainda nesta quinta-feira.
Caso as assembléias aprovem esta proposta, a Empresa se compromete a pagar o reajuste da tabela de salários ainda na folha deste mês, sem corte dos dias parados.