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Cidades

Cerâmicas mantêm trabalhadores em risco de acidentes

Redação | 30/03/2010 16:05

Inspeção conjunta realizada nos dias 3 e 4 de março por entidades de defesa do trabalhador em cerâmicas no município de Rio Verde de Mato Grosso, que fica a 210 quilômetros de Campo Grande, constatou uma série de irregularidades nas condições de trabalho dos funcionários desses locais, mas o resultado foi divulgado apenas hoje.

Foram realizadas vistorias em parques industriais de extração do minério de argila e cerâmico, nos escritórios das empresas e nos galpões onde funcionam máquinas que fazem a britagem das rochas de argila.

Durante a inspeção, foi constatado que escadas e silos nos estabelecimentos não tinham proteção contra quedas, os trabalhadores estavam sem equipamentos de proteção individual em quase todos os postos de trabalho e em contato direto com a argila.

Havia ainda empilhadores de tijolos sem luvas, forneiro sem proteção contra chamas e mulheres usando fita adesiva para proteger os dedos. Alguns dos estabelecimentos não tinham proteção para parte das polias e em outras as tampas dos fornos estavam expelindo fogo.

Em todas as cerâmicas vistoriadas foram constatadas altas temperaturas principalmente na área dos fornos, além de poeira sílica e ruído, afirma o procurador do trabalho Jonas Ratier Moreno.

Além disso, o trabalho constatou que as empresas não tinham técnico de segurança e não realizaram treinamento dos trabalhadores sobre a importância e obrigatoriedade do uso dos equipamentos de proteção individual.

Por conta das irregularidades verificadas, o MPT irá solicitar documentação referente aos programas de prevenção de gerenciamento de risco das cerâmicas, tanto ambientais quanto de controle médico de saúde ocupacional e de conservação auditiva.

Está prevista também a realização de perícia para avaliar os riscos à saúde e segurança dos trabalhadores.

O trabalho conjunto foi realizado pelo MPT (Ministério Público do Trabalho), Comissão Permanente de Investigação e Fiscalização das Condições de Trabalho em Mato Grosso do Sul, Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Secretaria de Trabalho e Assistência e pelo Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador).

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