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Cidades

Cidades de MS ficam entre as mais quentes do país e calor volta a incomodar

Ricardo Campos Jr. | 12/01/2015 18:41
População procura tomar bastante água para amenizar o calor (Foto: Marcelo Calazans)
População procura tomar bastante água para amenizar o calor (Foto: Marcelo Calazans)

Quatro dos dez pontos mais quentes do Brasil neste domingo (11) estavam em Mato Grosso do Sul, conforme a tabela de valores extremos do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Em Porto Murtinho, a 431 km de Campo Grande, os termômetros marcaram 39,3°C e até o fim da semana, segundo boletim do órgão, a máxima pode chegar novamente aos 40°C no estado. O calor voltou a incomodar bastante a população, que apesar de não gostar, já não se espanta mais com as altas temperaturas e tem adotado certas práticas para amenizar a situação.

O município sul-mato-grossense foi o segundo na lista, ficando apenas atrás de uma estação de monitoramento no Rio de Janeiro. Corumbá é a terceira da lista, com máxima de 39°C. Em 5º lugar figura o Pantanal, com termômetros marcando 38,3°C. Três Lagoas ficou em oitavo, com temperatura de 38,2°C.

“Para mim, sentir calor é uma coisa que a gente aceita como normal”, diz a professora Glaucia Correa da Silva, 38 anos. Ela aproveitou o fim da tarde, quando o tempo ameniza um pouco, para juntar as amigas, levar as crianças ao Parque das Nações Indígenas e fazer um piquenique à sobra regado a muita água e sucos.

“Aqui está bem fresquinho. A gente não é da turma do tereré. Para amenizar o calor, nós fazemos passeios, piscina, tomamos bastante água e um relacionamento sério com o ar condicionado”, afirma.

Rosane Corsini, 39 anos, também professora, acompanhava Glaucia no parque e diz que apesar de quente, Campo Grande ainda tem espaços arborizados onde corre uma brisa capaz de deixar a situação mais tolerável, diferente do que observou em viagens a outros estados.

A agente de saúde Cristiane Otto, 39 anos, completa o grupo. Ela afirma que sofre com o tempo quente e seco por conta de problemas respiratórios. O problema é na hora de dormir. “Tem que colocar bacia com água, toalha molhada e o ventilador em cima”, explica.

O autônomo Rafael Gonçalves José, 25 anos, já se incomoda mais com o calor. “Está muito ruim, muito quente. É um perigo para a saúde. Ainda mais para a gente que anda de ônibus”, diz. Ele estava com a família no Centro da capital e aproveitou para achar um lugar à sombra para um sorvete refrescante.

“Geralmente em tomo tereré, evito sair no horário de maior calor, coloca bacia com água no quarto para dormir. O ventilador não dá conta”, relata.

Rafael toma sorvete para amenizar o calor (Foto: Marcelo Calazans)
Rafael toma sorvete para amenizar o calor (Foto: Marcelo Calazans)
Grupo de amigas faz piquenique à sobra das árvores no Parque das Nações (Foto: Marcelo Calazans)
Grupo de amigas faz piquenique à sobra das árvores no Parque das Nações (Foto: Marcelo Calazans)

Explicação – Segundo o meteorologista Natálio Abrão, da estação Anhanguera-Uniderp, um fenômeno chamado bloqueio atmosférico está agindo sobre o estado. Ele não deixa as frentes frias vindas do sul ou a umidade amazônica chegarem a Mato Grosso do Sul. Com isso, há menos nuvens e as temperaturas no chão aquecem mais. Outra característica são as chuvas rápidas e isoladas.

Segundo ele, essa situação deve permanecer dessa forma pelo menos durante a semana. Hoje, a temperatura em Corumbá chegou aos 38°C com sensação térmica de 43°C. Coxim, Pedro Gomes e Sonora tiveram máxima de 37°C com sensação de 42°C. “Vai continuar quente pelo menos essa semana”, afirma.

Temperatura pode chegar aos 40°C até o fim da semana (Foto: Marcelo Calazans)
Temperatura pode chegar aos 40°C até o fim da semana (Foto: Marcelo Calazans)
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