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Cidades

Chuva transforma rua em rio e moradores dizem que já virou rotina

Nadyenka Castro e Paula Vitorino | 02/03/2011 17:14

Parque dos Laranjais recebe água de outros bairros

Para chegar em casa, diarista enfrenta rio empurrando a bicicleta. (Foto: João Garrigó)
Para chegar em casa, diarista enfrenta rio empurrando a bicicleta. (Foto: João Garrigó)

A chuva constante dos últimos dias em Campo Grande transformou diversas ruas do Parque dos Laranjais em rio. Moradores dizem que eles ficam praticamente ilhados toda vez que chove.

O bairro fica em uma área baixa, próximo a outros – como Santa Luzia e Coophasul. Estes mais altos jogam toda a água pluvial para o vizinho. O resultado é o mesmo toda vez que chove: enxurradas em diversas vias com e sem asfalto.

E para evitar que as casas sejam também tomadas pela água, os moradores fizeram barreiras com entulhos de cerca de 20 centímetros. A barricada tem que ser refeita diariamente, porque a chuva anterior sempre causa algum estrago.

Para Maurício Ferreira de Souza, dono de uma empresa localizado no Parque dos Laranjais há três anos, a situação tende a piorar porque muitas ruas dos bairros vizinhos estão sendo asfaltadas e isso vai fazer aumentar o volume de água que desce para os Laranjais e transforma as vias em rios.

Enxurrada em rua sem asfalto. (Foto: João Garrigó)
Enxurrada em rua sem asfalto. (Foto: João Garrigó)

O sócio de Maurício, Jucinei de Menezes, conta que devido à enxurrada constante, as ruas ficam intransitáveis e para melhorar a situação os moradores se juntam e compram caminhão de cascalho para ser jogado. “A gente mesmo espalha”, diz. Só no ano passado foram encomendados sete caminhões ao custo de R$ 70 cada.

Rotina- Via de acesso para o bairro Santa Luzia, Residencial Azaléia e Jardim das Paineiras, a rua Miguel Vieira Ferreira, alaga toda vez que chove.

As bocas de lobo não dão conta do volume de água que desce dos bairros próximos, transbordam e enchem a via, que fica praticamente intransitável.

O motoentregador Alexandre Melo fazia entregas na região e não conseguiu terminar o trabalho por causa da enxurrada na rua.

A diarista Marli Bernardes, 40 anos, teve que empurrar a bicicleta para passar pela “lagoa”. Ela mora no Santa Luzia e trabalha como diarista em residências da vila da Base Aérea e passa pela Miguel Vieira Ferreira diariamente.

Hoje não conseguiu pedalar no maior ponto de alagamento da rua. “Enfrentei outras enxurradas pedalando, mas agora não dá”, disse.

A casa do motorista Francisco Gomes fica na via e a situação crítica já virou rotina para ele. “Toda vez que chove é a mesma coisa”.

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