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Cidades

Com alto índice de doenças respiratórias especialista alerta para prevenção

Viviane Oliveira | 19/01/2011 14:02
Rodrigo conta que no verão a alergia que tem nos olhos ataca mais. (Foto: Simão Nogueira)
Rodrigo conta que no verão a alergia que tem nos olhos ataca mais. (Foto: Simão Nogueira)

Com o calor intenso que tem feito nas tardes de Campo Grande a tendência da maioria para se refrescar é o uso do ar-condicionado. Mas o que pode trazer alívio para um verão quente pode também causar doenças respiratórias, principalmente para quem já tem uma pré-disposição.

Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) nos últimos dois meses de 2010 foram contabilizados 23 mil casos de doenças respiratórias só na Capital.

O médico especialista em doenças respiratórias, Dr. Roni Marques, explica que a maioria das pessoas tem cisma sobre o ar condicionado, mas alerta que não é a temperatura fria que faz mal.

De acordo com o médico a falta de limpeza desses aparelhos é um dos fatores que pode prejudicar a saúde. "Um ar condicionado sujo, por exemplo, pode desencadear doenças respiratórias como a alergia. As partículas de poeira são lançadas no ar ambiente pelo aparelho de ar condicionado sujo", ressalta o médico.

A dona de casa Luiza Cardoso Barboza, 56 anos, não tem ar condicionado em casa, mas disse que no verão ela sente uma irritação no nariz que a faz espirrar muito. “Quando passo a noite inteira com o ventilador ligado no outro dia amanheço espirrando”, contou Luiza que disse fazer a limpeza do ventilador constantemente.

Luiza disse que nesse tempo ataca até a garganta. (Foto: Simão Nogueira)
Luiza disse que nesse tempo ataca até a garganta. (Foto: Simão Nogueira)

As pessoas que têm alergia aos ácaros podem ter os sintomas agravados. "O ideal é que se faça a manutenção semanalmente ou quinzenalmente para que não haja problemas", disse Roni.

O médico enfatiza que o ar condicionado tende a ressecar o ambiente. Como Campo Grande já apresenta baixa umidade relativa do ar, a tendência é o ressecamento das vias aéreas, o que pode gerar sintomas, principalmente em quem já tem sensibilidade.

“Por exemplo, os pacientes com asma, bronquite ou rinite”. O médico inclui a tosse, sensação de falta de ar, pigarro e coriza como os principais sintomas desencadeados.

Para aumentar a umidade do ar e contrabalançar o efeito do ar condicionado, o doutor recomenda os umidificadores. Opções mais baratas também funcionam: colocar no ambiente uma bacia com água ou toalhas encharcadas de água.

É o caso de Rodrigo Rohvedder Matins, 20 anos, ele conta que tem uma alergia nos olhos e tosse. “No verão ataca ainda mais a alergia, eu sei quando é alergia e quando é gripe.

A esposa de Rodrigo, Raquel Oliveira Rocha, 17 anos, disse que por conta da alergia do esposo sempre deixa uma toalha molhada na porta do guarda-roupa. “Aprendi com a minha mãe ela sempre faz isso para melhorar a umidade do ar”, conta Raquel.

Durante a noite, a evaporação da água garante uma umidade mais adequada. O médico esclarece que, assim como as viroses respiratórias, as pneumonias bacterianas são mais comuns no inverno e não no verão.

Pneumonia - Nos lugares com um grande número de pessoas, como salas de aula, escritórios e lojas, os vírus da gripe são facilmente espalhados. Como os vírus agridem a mucosa respiratória fica mais propício ao desenvolvimento de bactérias que provocam a pneumonia.

Essas infecções são mais comuns no clima frio porque os grupamentos tendem a ficar sem ventilação adequada. Outro fator que facilita o adoecimento por pneumonia é o tabagismo. “Os fumantes tendem a ter mais pneumonias, independentemente da estação”, disse Roni.

Para quem já tem alergia, a recomendação é fazer um tratamento médico adequado com o objetivo de acabar com as crises e as complicações. "O tabagismo também tem tratamento e os fumantes devem procurar apoio”, lembra o médico.

Segundo ele, a pneumonia é mais frequente em fumantes. O tratamento do tabagismo pode ser feito no SUS, e os fumantes podem se orientar nos Centros de Saúde da capital.

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