ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 26º

Cidades

Concurso para professor aprova só 198, de um total de 6 mil candidatos

Marta Ferreira | 04/01/2012 16:07
Roberto Botarelli vê problemas na prova, mas também na formação de professores. (Foto: João Garrigó)
Roberto Botarelli vê problemas na prova, mas também na formação de professores. (Foto: João Garrigó)

No ano passado, o Governo de Mato Grosso do Sul se comprometeu a contratar, até 2012, pelo menos 2 mil professores, para substituir os convocados, aqueles que não passaram por seleção, mas são chamados para dar aulas para suprir a demanda. O primeiro processo seletivo em curso mostra que a tarefa não sai ser fácil: de um universo de 6 mil inscritos no concurso, só 198 foram aprovados e chegaram até fase de prova de títulos, que, atualmente, está na fase de recurso da pontuação obtida pelos candidatos para a divulgação do resultado final.

Isso quer dizer um índice de aprovação inferior a 4%. Significa, também, que das 545 vagas disponibilizadas pelo menos 347 não vão ser preenchidas. Esse número pode aumentar, pois ainda podem haver desistências, como lembra o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Ensino de Mato Grosso do Sul), Roberto Botarelli.

O Governo do Estado ainda não divulgou o que vai fazer diante dessa reprovação tão alta. Hoje cedo, o governador André Puccinelli (PMDB) comentou o resultado ruim da prova dizendo que professor “deve ser professor geral”. A previsão é que os aprovados do atual concurso tomem posse para o início do ano letivo, em fevereiro.

O presidente da Fetems enxerga dois fatores principais para a baixa aprovação, o primeiro relacionado à prova. Para ele, o conteúdo cobrado em boa parte da prova objetiva foi inadequado. Na parte de conhecimentos gerais foram várias questões sobre economia, afirma o presidente da Fetems. “Professor deve ter conhecimento de atualidades sim, mas não apenas de economia”.

Na avaliação dele, faltou conteúdo ligado à educação, como por exemplo as legislações da área.

Botarelli questiona a qualidade da prova, também. Ele afirma que o fato de terem sido anuladas 21 questões é um indicativo de que alguma coisa não correu bem.

Formação-O outro problema observado pelo sindicalista é relacionado à formação dos professores. Para ele, há uma deficiência que vem desde a faculdade, que não prepara bem os homens e mulheres que escolhem ser professores.

Botarelli afirmou que diante da sobra de vagas desse concurso, a Fetems vai solicitar ao Governo do Estado que no próximo concurso, previsto para o segundo semestre deste ano sejam ofertas as vagas antes previstas e as vagas que sobrarem.

Até lá, esses lugares continuarão sendo ocupados por professores convocados. A previsão, conforme o acordo feito no ano passado, era de que fossem pelo menos 600 vagas no concurso a ser realizado no segundo semestre.

Nos siga no Google Notícias