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Cidades

Correios planejam mutirão para evitar prejuízos com entregas após greve

Empresa estuda ampliar o horário de trabalho, com possibilidades de hora extra no fim de semana

Liniker Ribeiro | 14/03/2018 06:33
Funcionários durante greve na última segunda-feira (Foto: Mirian Machado)
Funcionários durante greve na última segunda-feira (Foto: Mirian Machado)

Correios de Mato Grosso do Sul planeja colocar em prática medidas para minimizar possíveis prejuízos na entrega de correspondências, por conta da paralisação de funcionários em 15 unidades da instituição, na última segunda-feira (12). Entre as possibilidades, a empresa afirma que serão realizadas horas extras e até mutirões no final de semana.

Por meio de nota, a assessoria dos Correios confirmou que todos os 1.424 funcionários desempenharam normalmente suas respectivas funções, nesta terça-feira (13), confirmando o fim da greve no Estado. Apesar disso, conforme for a necessidade, os métodos alternativos previstos no Plano de Continuidade de Negócios podem ser colocados em prática.

Ainda de acordo com a instituição, mesmo com a greve, nenhuma localidade do Estado ficou sem atendimento.

Fim da greve - A greve dos funcionários dos Correios durou apenas 24 horas em Mato Grosso do Sul. Na manhã desta ontem, os trabalhadores das 15 unidades do Estado que aderiram ao movimento nacional, no dia anterior, retomaram as atividades.

De acordo com a presidente do Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do Sul), Elaine Regina Oliveira, a decisão foi tomada em assembleia realizada no fim da tarde de ontem, na sede do sindicato. Segundo ela, a exigência dos profissionais não foi atendida, mas prolongar a paralisação não seria mais necessário.

“O objetivo era pressionar a empresa para que tirasse a questão do nosso plano de saúde do julgamento do TST (Tribunal Superior do Trabalho), mas como isso acabou não acontecendo, e o ministro bateu o martelo decidindo que vamos ter que arcar com os valores, optamos por retornar ao trabalho”, afirmou a presidente.

Para o sindicato, a decisão do TST em cobrar do trabalhador, e de seus dependentes, a mensalidade para manter os planos de saúde, é prejuízo. “Nossa margem salarial é muito baixa e já temos cobranças do nosso plano de previdência privada. Agora vamos ter que pagar de 2% a 4%, conforme a taxa salarial e, dependendo do tamanho da família, o trabalhador vai ter um desconto de 400/500 por mês, do salário”, explicou Elaine.

Ainda segundo ela, a decisão vai afetar a forma como os funcionários buscam atendimento de saúde. “Muitos vão ter que abrir mão do plano e optar pelo SUS, que a gente sabe que anda difícil”, completou.

Exigências - A paralisação nacional tinha por objetivo impedir alterações no plano de saúde dos funcionários. O acordo coletivo de trabalho, que vale até o dia 31 julho, foi assinado pela empresa e homologado pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho).

A direção dos Correios entrou com um pedido de dissídio no TST pedindo alteração na cláusula que trata do Plano de Saúde dos Trabalhadores. A mudança exclui pais e mães da assistência.

Além da alteração no plano, os trabalhadores apontam suspensão de férias de todos os funcionários e desligamentos por meio de Planos de Demissão Incentivadas. O órgão ainda não divulgou um balanço da greve e dos estados que, assim como Mato Grosso do Sul, encerraram a greve.

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