Corretores de imóveis elegem chapa de Eli Rodrigues para comandar conselho
Pleito foi realizado em Campo Grande e em outros 13 municípios do interior. Foram 42 votos em branco e outro 109 nulos
A “Chapa do Eli: Ação, União e Participação”, encabeçada por Eli Rodrigues, venceu a eleição do Creci-MS (Conselho Regional de Corretores de Imóveis 14ª Região). Foram 1.245 votos (39,8%) contra 986 (31,5%) da chapa “Creci para Todos”, de Marlon Tony Brandt, e 749 votos (23,9%) da chapa “Construindo o Futuro”, de Delso José de Souza.
A eleição foi realizada em Campo Grande e em outros 13 municípios do interior. Foram 42 votos em branco e outro 109 nulos.
Eli Rodrigues assume a função de presidente do conselho a partir de 1º de janeiro de 2019. Atualmente, ele ocupa o cargo de vice-presidente. Segundo ele, a nova diretoria deve atuar fiscalizando a ação de profissionais no Estado.
“Vamos mostrar para a sociedade o diferencial de fazer negócios com corretor credenciado, o combate ao exercício ilegal da profissão, do que ela representa para a sociedade, tornar público o que está na lei”, diz Rodrigues.
Mato Grosso do Sul tem atualmente 6,5 mil corretores de imóveis. Cerca de 3 mil profissionais estão em Campo Grande. “Fizemos nossas propostas levando em consideração a atual necessidade, como fiscalização no interior do Estado que não houve, valorização do profissional”, completou.
Rodrigues diz que está tomando conhecimento de uma das polêmicas do momento em Campo Grande, o Plano Diretor, que envolve diretamente os interesses do CRECI. Mas ele adianta ser contra a postura do Ministério Público Estadual. “Um pouco equívocada”.
O Creci-MS está entre as entidades que são contra as recomendações apontadas pelo MPE e classificam-as como prejudiciais ao desenvolvimento do município. Mais de 20 entidades assinam a nota, entre elas a OAB-MS, Fiems, Fecomércio-MS, CDL-CG e Crea-MS.
O MP havia pedido à prefeitura de Campo Grande que adotasse um CA (Coeficiente de Aproveitamento) único para toda área urbana da cidade. De forma resumida, em um terreno de mil metros quadrados se aplicado o coeficiente 1 pode-se construir mil metros. Acima disso, os chamados lotes virtuais deverão ser comprados da prefeitura.
Já a Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano) defende coeficiente diferenciado. A divisão atual de 13 zonas, com limite de coeficiente de aproveitamento 6, pode passar, pela proposta da Planurb, para cinco zonas urbanas, com coeficiente que varia de 1 a 5.
Outro ponto que gera preocupações envolve o limite de área permeável: hoje, 12% dos terrenos devem ser mantidos para escoamento de águas. No projeto do novo Plano Diretor, o percentual de áreas para absorção de águas pluviais seria variável entre 15% e 30%, prevendo-se ainda compensações conforme as características do solo de cada região da cidade.
Já o MPMS tentava limitar a área permeável a 30% sem flexibilizações como a geologia e localização da propriedade.