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Cidades

Das 3 crianças intoxicadas com xarope, uma ainda continua internada

Viviane Oliveira | 01/10/2013 10:20

Das três crianças intoxicadas com xarope infantil "contrabandeado" do Paraguai, apenas uma continua internada no Hospital Universitário de Dourados, distante 233 quilômetros de Campo Grande. De acordo com a médica infectologista, que atendeu o caso, Mariana Croda, a criança que ainda está internada deu entrada no dia 23 de setembro na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Ela já foi para a enfermaria e se recupera bem. O medicamento utilizado pelas crianças foi o Mentovick.

Conforme a médica, as crianças com suspeitas de intoxicação, a mais velha com 3 anos e a mais nova de 6 meses, são das cidades de fronteira, Ponta Porã e Coronel Sapucaia. A primeira paciente deu entrada na UTI no dia 16, a outra no dia 18 e a última no dia 23 de setembro. Todas com os mesmo sintomas: insuficiência respiratória aguda, cianose e sonolência.

Logo no começo que as crianças deram entrada no hospital, a médica pediu que os pais levassem os medicamentos que elas haviam tomado e todas tinham feito o uso do xarope Mentovick, usado para tratamento de tosse ou gripe. “Apenas uma delas tinha sido medicada por outro remédio que foi receitado pelo médico”, disse, acrescentando que as crianças passaram mal no mesmo dia que tomaram o Mentovick, cuja composição normalmente não tem no Brasil.

A coordenadoria Estadual de Vigilância Sanitária de Mato Grosso do Sul investiga sete casos de intoxicação pelo remédio, quatro deles foram confirmados e uma morte está sob investigação. “Em Dourados as três crianças que nós atendemos não tiveram sequelas e passam bem”, afirma a médica.

Alerta – A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) alertou os profissionais para os casos de intoxicação de crianças pelo uso de medicamentos fabricados no Paraguai, que contenham o principio ativo Dextrometorfano na composição.

Os medicamentos a base deste principio ativo, entre eles e Mentovick, Tegnogrip, Medibron, Bronolex e Bronalar, estariam provocando fortes efeitos colaterais em crianças. Os casos se concentram na região de fronteira de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero. “Após a suspeita de intoxicação, a Vigilância Sanitária fez a retirada do medicamento para análise”, finaliza a infectologista.

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