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Cidades

De forma discreta, jogatina continua ativa em bares

Redação | 05/03/2008 10:17

Os jogos de azar continuam a se explorados em toda a cidade. Para continuar a lucrar em cima de jogadores compulsivos e não serem flagrados pela polícia, comerciantes têm tentado se camuflar. A estratégia é em função das diversas apreensões de caça-níqueis. O pátio do Cepol (Centro de Polícia Especializada), em Campo Grande, onde estão as máquinas, está lotado.

O que antes era colocado a disposição de clientes em diversos bares, agora geralmente fica em compartimentos anexos a esses locais. "O que era escancarado agora é feito com restrições", explicou o delegado da Deops (Delegacia de Ordem e Política Social), Carlos César Constantino.

O proprietário do bar é quem avisa aos clientes sobre os caça-níqueis. Pessoas selecionadas por ele. Estes lugares geralmente são freqüentados por pessoas já viciadas na jogatina. "Quem está viciado sabe onde procurar", disse o delegado.

As máquinas são deixadas nos estabelecimentos em consignação,  por pessoas que quando não se identificam, mentem o nome aos comerciantes. Não deixam qualquer contato. "Eles não deixaram o telefone e passavam aqui a cada 15 dias para recolher o dinheiro", disse a filha de uma comerciante da Vila Nasser, flagrada no dia 28 de fevereiro pela Polícia Civil.

No momento da apreensão, em um casebre de madeira, nos fundos de um bar, uma das quatro máquinas em funcionamento ainda estava com dinheiro: R$ 28,00. No mesmo dia, no Aero Rancho, outras cinco máquinas foram encontradas pela  Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), após a prisão de um grupo de traficantes.

Pelo acordo entre as partes, o dono do estabelecimento fica com 20% do total do dinheiro encontrado na máquina. Quando a movimentação é grande, o "recolhe", como é chamado o recolhimento do dinheiro, é diário, se é pequeno, é esporadicamente.

De acordo com o delegado, as investigações indicam que em alguns casos o faturamento com o jogo de azar é maior que a venda de bebidas e alimentos. Se a máquina precisa de manutenção, o que é raro, já que não há muitos programas instalados, o aviso é feito à pessoa que faz o recolhe que vai encaminha um técnico.

Como os comerciantes não costumam saber os nomes nem terem contato com os proprietários das máquinas, a identificação deles é mais complicada. No entanto, muitos já foram indiciados e segundo Constantino, a princípio não há ligação entre eles, como no caso dos grupos desmantelados pela Polícia Federal durante a operação Xeque-Mate, em junho do ano passado.

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