Denúncias contra o Recomeçando causam exoneração
Depois de várias denúncias de problemas ocorridos no Centro Recomeçando, o coordenador do método de recuperação, Maxuel Rodrigues dos Santos, 26 anos, foi exonerado.
A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado do dia 23 de dezembro.
Ele foi o único trabalhador demitido depois do escândalo e se sente julgado antes mesmo do término da sindicância instaurada para apurar suposta fraude no registro de ocorrências do Centro, que trabalha com a recuperação de adolescentes dependentes químicos.
"Fiquei sem entender. Me sinto como alvo de possível perseguição", ressalta Santos.
Ele tinha cargo de confiança e permaneceu por dez meses no cargo.
Santos confirma que o livro ata desapacereu do Centro e que o fato foi comunicado pela diretora, Maria Carmem Ibanez do Amaral, no mês de novembro.
No entanto, ele afirma não saber como o suposto caso de violência sexual contra um garoto foi registrado.
Conforme Santos, o menino disse que passou por uma "brincadeira de mau gosto".
Ele relata que os outros colegas baixaram a calça do adolescente e ameaçaram introduzir uma caneta no ânus do garoto.
Santos ressalta que de 15 funcionários, foi o único exonerado.
O ex-funcionário acredita ter sido julgado antes do fim das investigações.
Depois da demissão, Santos foi hoje ao Centro, para buscar alguns objetos pessoais e se despedir dos adolescentes.
"Fiquei deprimido. Tinha apego aos adolescentes", argumenta.
Acadêmico do curso de Serviço Social, Santos não sabe o que fará a partir do próximo mês. "Só penso nas contas", conclui.
O desaparecimento do livro ata foi publicado com exclusividade pelo Campo Grande News .