ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 26º

Cidades

Depen vistoria presídio superlotado com 500 em Corumbá

Redação | 28/09/2009 13:01

O Depen (Departamento Penitenciário Nacional) vai vistoriar as condições do estabelecimento penal masculino de Corumbá, a 426 quilômetros de Campo Grande. Projetada para abrigar 170 internos, a unidade tem cerca de 500 internos.

O pedido de vistoria será amanhã e ocorrerá a pedido do MPF (Ministério Público Federal). A recomendação foi feita em junho. A procuradoria considerou a situação do local "precária e ofensiva "à dignidade da pessoa humana".

Segundo investigações realizadas em sede de Inquérito Civil Público instaurado na PRM de Corumbá, o Depen não tem cumprido adequadamente as obrigações que lhe são atribuídas pelo artigo 72 da Lei de Execuções Penais.

Para o procurador da República Wilson Rocha Assis, "não obstante tratar-se de um presídio estadual, é de se exigir respostas mais efetivas à problemática por parte do Depen, em face do grande número de presos federais custodiados no presídio. As verbas federais para o sistema prisional devem incluir não somente a manutenção dos presos federais mas também as necessidades de expansão do sistema, por meio da celebração de convênios. Essa constatação não afasta, contudo, a obrigação prioritária do governo estadual na solução da questão".

Superlotado - O presídio masculino do município enfrenta grandes deficiências, principalmente superlotação. Em inspeção realizada no presídio em vinte e um de julho do ano passado, em conjunto com a Comissão de Direitos Humanos da OAB, constatou-se que os presos fazem manualmente a limpeza de fossas; que o sistema de abastecimento de água foi projetado para 200 presos, quando hoje são mais de 500 internos; que há apenas cinco servidores por turno de trabalho fazendo a guarda dos presos; que não são respeitados os critérios de individualização da pena, como separação de presos definitivos e provisórios e que há evidente superlotação do presídio, projetado para 170 internos.

O procurador esclarece ainda que os compromissos tomados na audiência pública realizada em 22 de abril não foram integralmente cumpridos pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e Justiça. Segundo o procurador, "ressalvadas parcas melhorias no atendimento médico, a situação permanece basicamente a mesma, com destaque para a manutenção da superlotação, agravada pelo fechamento da carceragem da Polícia Civil.

A falta de execução das prometidas reformas e a chegada da temporada de chuvas causa preocupação em razão de problemas na cobertura do estabelecimento. A questão da segurança dos servidores envolvidos com o cotidiano do presídio é também um dado alarmante".

Nos siga no Google Notícias