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Cidades

Depois de cinema, rodoviária quer ação contra as drogas

Redação | 20/06/2009 06:59

Faixas na entrada do Cine Center indicam que por enquanto não haverá sessões na sala localizada na Estação Rodoviária, que até ontem exibia filmes pornográficos.

Em operação montada para terminar com a exploração sexual infantil e combater o uso de drogas no local, foi constatado que o cinema não oferece segurança aos clientes e, por isso, não poderá voltar a funcionar enquanto não fizer todas as adequações exigidas pelo Corpo de Bombeiros.

Proprietário de um cyber no mesmo piso do Cine Center, Márcio Rubens, 27 anos, relata que via constantemente travestis e garotas de programa entrarem no local. Ele conta que chegou a entrar na sala e garante ter visto pessoas consumindo drogas na sala.

"Todo mundo sabe que o comércio de drogas é forte na parte de baixo e eles (usuários) subiam para cá (piso em que ficam o cinema e o cyber)", afirma o comerciante. Ele aprova o fechamento da sala porque o funcionamento do cinema pornográfico refletia negativamente no centro comercial.

Para ele, como a sala não oferecia segurança aos clientes e o local era "mal frequentado" havia o risco de ocorrer uma briga a qualquer momento.

A funcionária de uma lanchonete localizada no mesmo piso do Cine Center, Helen Fernanda Firmino, 28 anos, ressalta ainda que os tipos de pessoas que iam ao cinema assustava e causava insegurança.

Para se proteger de assaltos, ela recorria aos funcionários do centro comercial. "Sempre que ficava com medo eu chamava o segurança", revela.

O problema da droga parece generalizado no local, dizem frequentadores da Rodoviária. O espaço que antes servia para a integração do transporte coletivo urbano, por exemplo, agora virou a "cracolândia" campo-grandense, no período da noite, relatam pessoas que preferem não se identificar.

A presidente da comissão de comerciantes da rodoviária, Rosane Neli de Lima, também concorda com a operação policial feita ontem, porém, critica a falta de suporte por parte do poder público em relação aos empresários do centro comercial.

"A rodoviária está aqui há 40 anos e desde então só houve muito descaso, nunca houve uma revitalização", ataca. O proprietário do Cine Center estava hoje pela manhã no local e não quis comentar as denúncias feitas pela PM (Polícia Militar) e o Corpo de Bombeiros.

A operação feita ontem interrompeu a exibição dos dois filmes que estavam na programação. Policiais do Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) recapturaram na sala o foragido Paulo Mathias de Madeiros, 37 anos.

O Corpo de Bombeiros também participou da ação e, segundo o tenente José dos Santos Costa, o cinema não pode voltar a funcionar enquanto não fizer as adequações necessárias.

As saídas de emergência ficavam trancadas, os extintores estavam vencidos, não havia iluminação de emergência e hidrantes completos. Até o teto também corre o risco de desabar.

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