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Cidades

Diretor da DGPC diz que policiais querem irritar governo

Redação | 29/04/2009 12:52

"Estão fazendo isso para irritar o governo, declarar guerra e saírem como vítima", disse o diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Razanauskas, em relação à manifestação dos policiais, que fazem um apitaço em frente ao prédio da Governadoria. Ele esteve reunido com o secretário de governo, Osmar Jerônymo, que já se recusou a receber os manifestantes.

Na saída da reunião com o secretário, Razanauskas concedeu entrevista na qual ressaltou que foram feitas cinco rodadas de negociações para definir o reajuste da categoria. Ele disse ainda que amanhã haverá outra reunião para tentar chegar a um acordo.

A categoria reivindica que o salário chegue, até 2014, a 60% do rendimento dos delegados. Para que a projeção se concretize, o governo teria que conceder 18% a cada ano, no entanto, a única sinalização é de 6% de reajuste este ano.

Razanauskas se colocou à disposição da categoria durante as negociações. "Agradecemos mas queremos falar com quem decide", enfatizou o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), Paulo César Carvalho.

O líder sindical manifesta a intenção de conversar com o governador André Puccinelli (PMDB), porém, ele cumpre agenda hoje em Ponta Porã. Carvalho afirma que ano passado a categoria ficou sem aumento porque não fez protestos como o de hoje, que retirou das unidades policiais cerca de 70% do efetivo.

Segundo Carvalho, a classe se contentou com reuniões para resolver o impasse e não teve as reivindicações atendidas. Ele acredita que a negociação tenha sido conduzida desta maneira como uma estratégia do governador para enfraquecer o movimento.

Carvalho destaca que nem ameaças colocarão um ponto final na mobilização. Conforme o sindicalista, Razanauskas teria dito que os processos de promoção dos policiais envolvidos na paralisação seriam suspensos.

O policial aposentado Nabil Jafal veio de Aquidauana para integrar o grupo de aproximadamente cem pessoas que está em frente da Governadoria. "Queremos uma boa negociação, como foi feito com os professores, até 2012, porque senão todo ano vai ser essa briga", conclui.

Enquanto não são recebidos pelos líderes do governo, os policiais cantam música sertaneja em frente ao prédio. Eles analisam a possibilidade de seguir com o protesto para a região central de Campo Grande.

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