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Cidades

Dono de trailer pode ter envolvimento em morte de garoto

Redação | 03/02/2010 11:21

Pai, irmãos e 4 amigos do adolescente Júlio Cesar Flores, de 13 anos, encontrado morto na segunda-feira, passaram a manhã de hoje em depoimento à delegada Marli Kaiper, que investiga o assassinato.

A versão sustentada por parentes e garotos que acompanhavam Júlio, é de que o dono de um trailer, nos Altos da Afonso Pena, estaria envolvido no crime.

O comerciante estaria desconfiado de que o grupo de Júlio praticava roubos na região, o que teria provocado confusão no domingo e depois o espancamento de dois garotos e a morte de Júlio.

A Polícia não dá detalhes sobre a investigação, mas agentes garantem que o processo está avançando e nesta semana ainda devem surgir os responsáveis pela agressão e morte.

Segundo o pai do adolescente morto, Ramão Flores, o filho não tinha envolvimento com gangues e foi morto com jovens de classe alta, "por maldade".

Segundo os amigos de Júlio César, todos ouviam música na Afonso Pena, quando por volta das 21h de domingo foram abordados por mais de 10 jovens em quatro ou cinco carros.

O pai diz que "em um dos carros estava o dono do trailer. Outro jogou correntes no chão para ameaçar os garotos". A Polícia Militar, em ronda pela avenida, teria dispersado o grupo e evitado confusão maior.

Ramão diz ainda, que o filho mais velho orientou que todos fossem embora, o que só aconteceu por volta da meia-noite, quando os rapazes desceram para pegar a Via Parque.

Quatro garotos que compareceram hoje à delegacia, voltaram a dizer que quando caminhavam foram abordados por homens em uma camionete preta que desceram com correntes e tacos, que pareciam ser de beisebol.

Eles correram, mas já na Via Parque dizem que começaram a apanhar. O único que não conseguiu escapar foi Júlio, encontrado no dia seguinte pelo irmão, dentro do córrego, mas em um ponto de pouca água.

Apenas com alguns arranhões no peito e outros que aparentavam não ser recentes, Júlio morreu afogado. Existe suspeita de que ele caiu inconsciente e acabou se afogando, ou que alguém segurou a cabeça do garoto na água até que ficar desacordado.

Sobre a investigação "Tá tudo muito confuso e to deixando que a Polícia investigue", disse o pai, que tem outros nove filhos.

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