ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 32º

Cidades

Em resposta ao MPF, OAB reafirma denúncia sobre escutas

Redação | 29/07/2010 16:34

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Mato Grosso do Sul respondeu, nesta tarde, à nota divulgada hoje pelo MPF (Ministério Público Federal), também hoje, em que seis procuradores defendem o uso de escutas no Presídio Federal de Segurança Máxima. A Ordem rebate o que considerou críticas do MPF e diz que continuará lutando contra a gravação de conversas dos advogados.

O documento do MPF faz duras críticas aos argumentos que a OAB usou para pedir a retirada dos equipamentos de gravação do presídio, chegando a classificá-los de ridículos e levianos. Os procuradores admitem, na nota, inclusive a gravação de visitas íntimas.

Em sua nota a respeito, a OAB avalia que o MPF, no documento tornado público, acusa a entidade de oportunismo na defesa das prerrogativas do advogado e da divulgação de informações.

"A OAB/MS vem a público reiterar que possui provas da existência de pelo menos quatro decisões judiciais nas quais se autorizou, de forma indiscriminada, a gravação de áudio e vídeo dos advogados, além de gravação de áudio de visita íntima", diz o texto da Ordem.

A nota prossegue dizendo que, "em uma das decisões, inclusive, há um parecer do MPF contra a gravação de advogado não investigado".

Também há, conforme a nota, provas da instalação de câmeras em pelo menos duas salas de visitas íntimas no presídio de Campo Grande, já retiradas.

A OAB lembra que toda a documentação a respeito que tem foi obtida através de denúncia de advogados e de representação junto ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

A entidade lembra que o processo que tramita em suas dependências a respeito não é sigiloso, bem como não são sigilosos os procedimentos instaurados no CNMP e no CNJ (Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

"Eventual acerto ou desacerto das medidas tomadas pela OAB/MS na defesa das prerrogativas dos advogados pode ser discutido institucionalmente, bem como nos procedimentos administrativos atualmente em trâmite no CNMP e CNJ", afirma o documento.

O texto termina afirmando o respeito da OAB pela "importante instituição do MPF", mas ressalvando que a entidade "nunca admitirá que qualquer advogado seja monitorado quando não for suspeito em procedimento devidamente formalizado".

Nos siga no Google Notícias