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Empregos

Ministério não tem prazo para regularizar sistema do seguro-desemprego

Luciana Brazil | 28/05/2014 14:55
Ainda não há previsão de restabelecimento, diz superintendente. (Fotos: Marcos Ermínio)
Ainda não há previsão de restabelecimento, diz superintendente. (Fotos: Marcos Ermínio)
Na sede do Ministério do Trabalho em Campo Grande, trabalhadores enfrentam espera longa para dar entrada no seguro.
Na sede do Ministério do Trabalho em Campo Grande, trabalhadores enfrentam espera longa para dar entrada no seguro.

O sistema de atendimento que dá aos trabalhadores acesso ao seguro-desemprego continua lento ou, em alguns momentos, fora do ar em Campo Grande. Nos três locais - Funtrab (Fundação do Trabalho), na Funsat (Fundação Social do Trabalho) e Ministério do Trabalho - onde se solicita o benefício, o problema tem gerado filas e espera. Hoje pela manhã (28), na Superintendência Regional do Trabalho, muita gente foi pega de surpresa, desinformada sobre a “pane”. Segundo o superintendente regional do Ministério do Trabalho, Anizio Pereira Tiago, não há previsão para que o sistema se restabeleça, já que todo o processo é desenvolvido em Brasília. “Não é por falta de atendimento. Nós não temos o que fazer, está fora do nosso controle”, explicou o superintendente.

Há aproximadamente dois meses, quando começou a mudança de sistema- migrando de Datamec para Dataprev- o atendimento tem registrado problemas. “Se Brasília muda, nós temos que mudar também. Mas o banco de dados é muito grande e essa lentidão acaba acontecendo. Em alguns momentos, desliga de uma vez”, disse.

Dos 200 atendimentos diários, em média, aproximadamente 160 são para solicitar o requerimento do seguro-desemprego, conforme informou órgão. “A maioria vem por este benefício. Para os outros serviços a procura é bem menor”.

Vindo de São Paulo para a Campo Grande, Denise Taka, 42 anos, não tinha ideia que o atendimento estivesse tão demorado. Há apenas dois meses na cidade, ela precisou se mudar para acompanhar o marido. “Fiz um acordo com a empresa e eles me mandaram embora. Não sabia que estava com problema o sistema. Agora vou esperar, tenho que pegar o dinheiro”, disse surpresa.

Para os que já sabiam do entrave, a espera já era certa. “Já é a segunda vez que venho. Ontem (27) eu vim, mas demorou muito e eu tinha compromisso. Hoje vou pegar outra senha e tentar de novo”, disse o gerente de vendas, Rodrigo Duarte, 37 anos.

Requerimento- Apesar de já existir uma portaria publicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, desde 2006, que recomenda as empresas a digitalização do requerimento do seguro- desemprego, praticamente nenhuma delas adotou a orientação. O superintendente do órgão explica, independentemente da situação atual do sistema, essa medida reduziria o atendimento em 14 minutos, em média. O que leva 18 minutos passaria a ser feito em quatro, afirma.

O Ministério deve publicar ainda uma norma que passará a exigir a medida. “Isso agilizaria o atendimento. A empresa já entrega o requerimento digitalizado”, disse.

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