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Cidades

"Eu não podia fazer nada",diz mulher que viu Dudu morrer

Redação | 30/04/2009 12:10

Maria de Fátima, conhecida como Marlene, a principal testemunha do assassinato de Luiz Eduardo Gonçalves, Dudu, disse que não podia fazer nada para salvar o menino. "Eu não podia fazer nada", diz.

Ela, que viu o garoto sendo espancado até a morte, além de não evitar a morte dele, no início das investigações mentiu à Polícia Civil sobre o desaparecimento. Marlene também não procurou a Polícia depois para contar o que presenciou.

A testemunha só confirmou que tinha visto tudo quando a Polícia já sabia que Dudu havia sido morto pelo ex-padrasto José Aparecido da Silva Bispo, o Cido, Holly Lee de Souza e mais três adolescentes, em março deste ano.

Em entrevista à imprensa, Marlene disse que não falou o que havia visto porque era ameaçada por Cido. "Ele ameaçava minha família, meus netos, meus filhos".

Ela conta que no dia que o menino foi morto, Cido a chamou para ir na casa dele fumar, beber cerveja e ver uns amigos dele. "Ele me chamou para ver uns amigos que iam chegar na casa dele".

Ao ver que era Dudu, Marlene alega que só pediu para eles pararem. "Não tinha como ajudar, mas eu pedi para eles pararem", diz.

Ela fala que a menina, a adolescente envolvida, ficou na porta, impedindo que ela saísse da casa. Marlene diz que se arrepende de não ter feito nada porque tem família e que se coloca no lugar de Eliane Martins, mãe do Dudu. "Me sentia no lugar dela". "Eu sou mãe, sou avó, tenho família"

Marlene era amiga de Eliane. No dia seguinte ao crime, Eliane serviu almoço aos dois e encontrou nas palavras de Marlene conforto. "Ela garantiu que tinha visto o Dudu de manhã e que ele devia estar com medo de aparecer porque tinha dormido fora. Fiquei pensando que era coisa de criança e fiquei mais calma", conta Eliane.

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