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Cidades

Exército fiscaliza seis cidades em MS à procura de explosivos ilegais

Antonio Marques | 30/03/2016 11:13
O general Luciano José Penna e o coronel Emídio Silva Dias durante entrevista em que informaram detalhes da Operação Rastilho II para coibir uso ilegar de explosivos (Foto: Antonio Marques)
O general Luciano José Penna e o coronel Emídio Silva Dias durante entrevista em que informaram detalhes da Operação Rastilho II para coibir uso ilegar de explosivos (Foto: Antonio Marques)

A Operação Rastilho II, iniciada nessa terça-feira, 29, sob o Comando da 9ª Região Militar do Exército em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul vai intensificar a fiscalização para evitar o uso ilegal de explosivos em seis municípios do Estado. Em pelo menos um, conforme o comando do Exército, já há identificação de irregularidade na utilização do material, que deve ser comprovado pelos militares nesta quarta-feira.

No primeiro de ação, o Exército apreendeu 290 quilos de explosivos em um garimpo ilegal no interior de Mato Grosso, entre as cidades de Guarantã do Norte e Peixoto de Azevedo. Ao todo foram 582 unidades de emulsão encartuchada, que seria suficiente para explodirem cerca de mil caixas eletrônicos. Duas pessoas foram presas em flagrante de posse ilegal desses explosivos.

Durante três dias cerca de 200 agentes das forças de seguranças (Exército, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal) vão intensificar as ações de fiscalização nas cidades, realizando vistorias em empresas que utilizam material explosivo e correlatos, no sentido de verificação de estoques e o uso dos produtos.

Em Mato Grosso do Sul cinco municípios (Terenos, Sidrolândia, Costa Rica, Paranaíba, Brasilândia e Aparecida do Taboado) foram identificados como alvos da operação, a partir da verificação de ações criminais com o uso de explosivos nos últimos meses ou por meio do sistema de inteligência das forças envolvidas que apontaram alguma irregularidade. A fiscalização também pode ocorrer por recebimento de denúncias.

Conforme o general Luciano José Penna, coordenador da operação, as vistorias são realizadas em locais que exercem atividades com esse tipo de material, empresas de utilizam explosivos para construção de estradas, barragens e minerações. Nos dois estados são 490 estabelecimentos cadastrados pelo Exército para trabalharem com explosivos.

O general explica que as cidades da fronteira não vão ser alvos da Rastilho II em razão da Operação Agata, que também vai identificar ações neste sentido nos próximos meses. Para o comandante já ações preventivas para garantir a segurança nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos – Rio 2016.

Luciano José Penna lembra que todas as empresas que produzem, transportam, comercializam ou utilizam materias explosivos ou correlatos são cadastrados no Exército. “São produtos identificados com números que possibilita a procedência em caso de uso ilegal”, alerta ele.

Na apreensão no interior do Mato Grosso, além dos 290 quilos de explosivos, também foram apreendidos 200 detonadores não elétricos, 250 condutores, 180 metros de estopim e 900 cordéis detonantes. “Pelo número de série dos produtos vamos chegar às empresas fornecedoras”, destacou o coronel Emídio Silva Dias, assessor técnico de material controlado.

Na sede do CMO (Comando Militar do Oeste) funciona a sala de comando da operação. A partir dali que os militares planejam as ações de fiscalização nos dois estados e fazem a interlocução com o comando geral em Brasília. “Temos a preocupação de deslocar equipes de uma região para atuarem em outra localidade, de forma a garantir melhor resultado e tirar os envolvidos de sua zona de conforto”, comentou um dos militares do centro de comando.

Ao todo, os agentes e militares da operação devem percorrer cerca de 11 mil quilômetros nestes três dias. Nas ações desta quarta-feira, o Exército deve deslocar uma equipe para uma das cidades próximas da Capital, Terenos ou Sidrolândia, para comprovar o uso ilegal de explosivos. O general não adiantou a localidade para não atrapalhar a atuação dos militares, mas ficou de divulgar o resultado da fiscalização nesta quinta-feira.

Sala de comando da Operação Rastilho II, no CMO na Capital, em que são identificados os alvos a serem fiscalizados (Foto: Antonio Marques)
Sala de comando da Operação Rastilho II, no CMO na Capital, em que são identificados os alvos a serem fiscalizados (Foto: Antonio Marques)
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