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Cidades

Falta de estrutura é o que afasta médico do interior, avalia presidente do CRM

Viviane Oliveira | 19/02/2013 16:37
Para Luis, presidente do CRM, falta atrativo e estrutura no interior. (Foto: Luciano Muta)
Para Luis, presidente do CRM, falta atrativo e estrutura no interior. (Foto: Luciano Muta)

Depois do levantamento do CFM (Conselho Federal de Medicina) divulgado nesta segunda-feira informando que Mato Grosso do Sul tem 4.238 médicos, sendo 64% deles em Campo Grande, o presidente do CRM (Conselho Regional de Medicina), Luis Henrique Mascarenhas Moreira afirma que falta de estrutura afasta o médico das cidades do interior.

De acordo com o presidente, em Mato Grosso do Sul são formados de 180 a 200 médicos por ano nas três universidades, Uniderp/Anhanguera, UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Porém a maioria dos que se formam preferem ficar nas Capitais por causa da falta de estrutura nas cidades do interior. “O médico precisa ter um atrativo para que se possa desenvolver o seu trabalho a contento”, afirma.

Para Moreira, a distribuição de médicos no estado é inadequada. “Por melhor que seja o salário no interior, o médico prefere trabalhar nas Capitais, no Sul e Sudeste onde sua medicina pode ser desenvolvida da melhor maneira”, disse.

Outro ponto abordado por Luis é que em algumas especialidades faltam médicos no Estado. Por exemplo, na área da Endocrinologia tem 39 especialistas em MS, desses 29 estão em Campo Grande. Outra especialidade é na área de Neurologia, onde de 30 registrados no conselho, cinco estão distribuídos em cidades do interior.

O mesmo acontece na área de Hematologista, de 15 médicos apenas quatro atua no interior. “São especialidades que tem demanda, mas requer maior estrutura o que acaba sobrecarregando Campo Grande e a maioria é paciente do SUS (Sistema Único de Saúde)”, destaca.

Ainda conforme o presidente, o governo tem que ter um planejamento para isso. O médico que vai para o interior não tem perspectiva para aperfeiçoamento da profissão.

Na maioria das vezes esse emprego público serve apenas como um trabalho provisório até ele conseguir uma vaga na iniciativa privada, com salários e estrutura mais adequada para exercício da profissão. “É preciso criar uma estrutura para que o médico fique no interior”, afirma.

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