Família diz estar chocada com estupidez no trânsito
Parentes e amigos de João Afonso Pedra, de 52, estão na Santa Casa a espera de notícias sobre o estado de saúde do pecuarista e do neto, baleados na manhã de hoje em Campo Grande.
A família reuniu pessoas para doação de sangue aos dois, que passaram por cirurgia. Os relatos são de revolta e ao mesmo tempo descrença diante de um caso brutal no trânsito de Campo Grande, já normalmente violento considerando os altos índices de acidente.
O que mais choca, segundo a filha do pecuarista, Giordana Pedra, é o fato de um bate-boca qualquer acabar com duas pessoas baleadas, entre elas um menino de apenas 2 anos, que corre risco de morrer.
"Ele (autor dos disparos) sabia que tinha criança na camionete. Meu irmão disse a ele que estava distraído por causa das crianças", argumenta a jovem ao justificar a "fechada" que a camionete deu no Fox e que provocou a briga.
Segundo ela, na L-200 dirigida pelo irmão Aldemir Pedra Neto, além de João Afonso e do menino Rogério, também estava a irmã do garoto, Ana Maria, de 5 anos.
"Ela chegou em casa com sangue no rosto, assustada, dizendo que o irmão tinha sido baleado, mas até então ninguém sabia o que havia acontecido", lembra Giordana. "A revolta é o pior de tudo", lamenta.
A menina não foi atingida, apesar de estar ao lado de Rogério, no banco traseiro, no momento em que o autor disparou 5 vezes contra a camionete.
O irmão do pecuarista, o comerciante Osvaldo Pedra, disse que nunca a família enfrentou tragédia parecida.. "Nunca vivemos uma situação dessas.