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Cidades

Furnas é multada em R$ 54 mi por apagão que atingiu MS

Redação | 26/03/2010 08:25

A estatal Furnas foi multada em R$ 53,7 milhões por conta do apagão que deixou o País às escuras no final do ano passado. Mato Grosso do Sul foi um dos 18 estados atingidos pela falta de energia.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) entendeu que houve falhas no sistema de proteção das subestações de Itaberá (SP) e Ivaiporã (PR), ambas sob responsabilidade da estatal.

Multas para outras empresas envolvidas ainda poderão ser emitidas, informa hoje o jornal Folha de S.Paulo.

No início, o governo tentou sustentar a versão de que ninguém tinha culpa pelo blecaute, atribuindo o ocorrido inicialmente a um raio. Depois, às fortes chuvas que caíam na ocasião na região (divisa de Paraná com São Paulo).

A falha no sistema de proteção, apontada pela fiscalização da agência reguladora, também havia sido descartada por várias autoridades do governo na área de energia.

A Furnas confirmou que foi notificada, mas avisou que recorrerá à diretoria da agência reguladora. A estatal entende que não teve culpa no blecaute.

O apagão aconteceu em 10 de novembro, às 22h13. Em Campo Grande, ele durou duas horas.

Até a Santa Casa ficou no escuro naquela noite. O gerador foi ativado, mas a energia ficou reservada aos setores de emergência, como Pronto Socorro, CTI (Centro de Terapia Intensiva) e centro cirúrgico.

Nas principais avenidas da Capital, os semáforos apagados provocaram tumulto no trânsito.

O problema foi sentido em maior ou menor escala em todas as regiões do Estado. Em cidades como São Gabriel do Oeste, Coxim, Amambai, Corumbá, Ponta Porã, Rio Verde, o apagão foi geral.

Em Dourados, a segunda maior cidade do Estado, a interrupção no fornecimento durou menos de meia hora.

Também na região sul, em Amambai o problema durou 15 minutos e em Iguatemi houve apenas queda rápida de energia. Três Lagoas também ficou no escuro por cerca de uma hora.

Na ocasião, as linhas que ligam a hidrelétrica de Itaipu ao resto do país deixaram de transmitir energia, ocasionando uma série de problemas em sequência.

No total, saíram do sistema elétrico 28.800 MW (megawatts), o que equivale a 46% da carga do sistema interligado (todo o país menos RR, AM e AP) no momento do problema.

O sistema brasileiro é interligado e, por isso, falhas que acontecem em um determinado lugar se propagam para quase todo o País, com exceção da região Norte, que é isolada.

No blecaute do final do ano passado, houve curto-circuito nas linhas que ligam a hidrelétrica de Itaipu ao Sudeste do Brasil. Os sistemas de proteção deveriam ter isolado o problema na região, mas isso não aconteceu.

Além de Itaipu, as usinas nucleares de Angra 1 e 2, no Rio de Janeiro, foram desligadas, sem contar com todas as hidrelétricas no Estado de São Paulo.

Pelo menos 15 linhas de transmissão deixaram de operar. O Paraguai perdeu 980 MW, o equivalente a aproximadamente 54% da carga do País.

O blecaute atingiu 18 Estados brasileiros. Em quatro deles (SP, MS, RJ e ES), a falta de energia foi total. Foi parcial em MG, MT, GO, RS, SC, PR, AC, RO, BA, SE, PB, AL, PE e RN. Pelo menos 1.800 municípios foram afetados.

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