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Cidades

Garoto diz que matou outro em show porque recebeu tapa

Redação | 28/10/2009 14:39

Autor confesso das facadas que levaram à morte Márcio Junio de Souza Tomiati, 17 anos, um garoto de 16 anos afirma que praticou o assassinato porque recebeu um tapa durante o show do cantor sertanejo Luan Santana, realizado dia 26 de agosto, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande.

"O menino deu um tapa na minha cara. Eu já tinha tomado um 'gás'. Nem vi, tava meio louco, peguei o canivete e fui para cima do guri", conta o adolescente e esclarece que o "gás" ao qual se refere eram duas doses de uma bebida chamada capeta.

Ele é uma das testemunhas de acusação que presta depoimento esta tarde ao juiz Aluísio Pereira dos Santos. O processo acusa Mário Gabriel da Silva, 19 anos, e Flávio Vinícius Ferreira da Silva, 19 anos, de envolvimento na morte.

Os dois maiores de idade seguraram Tomiati para que o garoto esfaqueasse. O adolescente infrator afirma que só soube que Tomiati havia morrido ao ver uma reportagem no dia seguinte.

Na versão do adolescente, que responde pelo homicídio na Vara da Infância e Juventude, depois de receber o tapa de Tomiati, teve início uma briga e alguém entregou a ele um canivete, usado no crime.

O infrator não sabe dizer quem além de Mário Gabriel segurou a vítima. Mário Gabriel, Flávio e o adolescente apreendido se conheceram quatro meses antes na região do Bairro Futurista, onde moram.

Outras três testemunhas são amigos de Tomiati. Eles contam que viram a briga, uma roda se formar e Márcio ser solto por Mário Gabriel.

A esposa de Mário Gabriel, que tem 30 anos e terá o nome será preservado por ser uma testemunha, conta que foi ao show com ele, a filha de 13 anos e um amigo da garota. Ela afirma que viu jovens dizerem: "O planalto chegou".

Pela versão da mulher, na sequência, a filha foi empurrada e recebeu um chute nas costas, atitude que causou revolta de Mário Gabriel. "Vi só o tumulto", completa.

Segundo a testemunha, Mário Gabriel não saiu de casa armado, no entanto, o canivete usado para matar Márcio foi encontrado na casa dele. Na delegacia, o acusado alegou que a arma foi deixada na residência por outra pessoa.

O Campo Grande News apurou que o crime pode ter ligação com a disputa entre gangues, que já fez muitas vítimas em Campo Grande. A própria vítima tinha extensa ficha criminal.

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