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Cidades

Governo promete colocar aeronaves próprias em operação até julho

No ano passado, o custo estimado com aluguel de aviões ficou em R$ 1.550,000,00

Lucas Junot | 24/03/2017 16:05
Todas as aeronaves, segundo a Casa Militar, estarão prontas pra voar em julho (Foto: Edemir Rodrigues/ Secom)
Todas as aeronaves, segundo a Casa Militar, estarão prontas pra voar em julho (Foto: Edemir Rodrigues/ Secom)

O Governo do Estado promete reestabelecer até junho deste ano o setor de transporte aéreo, que atende deslocamentos do governador e outras autoridades institucionais e o Grupo de Patrulhamento Aéreo da Polícia Militar. São dois helicópteros e seis aviões de pequeno porte, além de um avião turboélice (King Air) cedido pela União, próprio para o transporte executivo.

De acordo com o tenente coronel Adalberto Ortale Júnior, o setor está sendo reformulado para se ajustar à reforma administrativa, ao mesmo tempo que as aeronaves do Estado passam por revisões mecânicas para que atendam às normas técnicas e exigências legais e possam entrar em operação.

Segundo a Casa Militar, o governo tenta primeiro colocar as aeronaves em condições de voo, devido à falta de manutenção. No pacote estão aviões de propriedade do governo e os que foram colocados à disposição do Estado. “Herdamos todas as aeronaves paradas, mas as providências estão sendo tomadas para que voem normalmente, o que deve ocorrer até o meio do ano”, declarou Ortale.

Em fevereiro o Campo Grande News revelou que nenhuma das seis aeronaves que o governo de Mato Grosso do Sul têm estava em condições de voar. Enquanto a metade está parada no hangar, que fica no Aeroporto Internacional de Campo Grande, precisando de conserto, a outra não apresenta problema, mas depende de manutenção preventiva, obrigatória todo ano.

O Estado possui um avião Bandeirante, um Baron, um Sêneca e um Cessna para atividades civis, além do King Air à disposição do governador. Para as operações policiais militares e Corpo de Bombeiros, são dois helicópteros e duas aeronaves Baron.

Segundo o coronel Ortale, o monomotor Cessna 206 está em processo de licitação para manutenção e é de grande utilidade para as ações de proteção ao meio ambiente, sendo utilizado tanto para fiscalização quanto ao transporte em locais de difícil acesso. “Nossa previsão é de que já em abril um dos helicópteros esteja em condições de voar e ser usado em resgates e ocorrências de busca e salvamento.

O governo estuda leiloar duas dessas aeronaves para a compra de uma aeronave que atenda melhor as demandas do Estado.

Ortale lembra ainda que o setor de aviação do Governo do Estado surgiu em 1999 para atender a Policia Militar Ambiental e durante 10 anos atendendo a todas as finalidades, incluindo o transporte executivo. “Nós realizávamos cerca de mil horas de voo por ano, sem registro de nenhum incidente ou acidente. Ocorre que de 2009 para cá nosso trabalho foi desmobilizado e o setor de aviação ficou praticamente estagnado”, lembra o coronel Ortale.

Desde o começo deste ano o governo vem lançando licitações para compra de combustível, entre outros itens para a frota de aviões. A mais recente publicação foi em 24 de fevereiro, quando o governo contratou a JPA João Pessoa Manutenção de Aeronaves, cujo contrato custará R$ 899 mil e valerá por um ano.

Reforma administrativa - A proposta do Governo também vai reformular a estrutura organizacional na área de aviação, com desmembramento para atender unidades específicas, como o Corpo de Bombeiros, criou o BOA (Batalhão de Operações Aéreas) para o socorro aeromédico. “As aeronaves já foram destinadas, são dois Barons próprios que vieram doados por meio de convênio com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça”, disse o coronel.

A Polícia Militar ficará com os helicópteros, utilizados no patrulhamento aéreo de combate e prevenção ao crime.

Já o transporte executivo é de responsabilidade da Casa Militar, que cuida da segurança institucional.

Custos - Ortale explica que a redução de custos é um dos principais pontos da reativação da unidade aérea. “Nossos aviões tiveram custo zero e assim que passarem pela manutenção estarão aptos a voar. Hoje, quando o Estado não pode contar com essas aeronaves, se vale da locação, que além de ser mais onerosa, envolve outras questões como a redução da segurança, uma vez que os pilotos são civis e não possuem treinamento militar.

Reportagem do Campo Grande News, apurou que o Estado estimou pagar até R$ 1.550,000,00, em um ano, para duas empresas de locação de aeronaves: Amapil Táxi Aéreo e Mato Grosso do Sul Táxi Aéreo, que venceram a licitação para a prestação deste serviço. Em 2015, o governo leilou duas aeronaves que tinha por R$ 271,8 mil.

De acordo com o coronel, o aluguel do King Air, por exemplo, custa R$ 1,7 milhão por 200h de voo. “Já com a aeronave própria teremos o custo de manutenção variando entre R$ 70 mil a R$ 80 mil por ano e valor de cerca de R$ 1,7 mil a hora de voo. Então, nossa intenção é otimizar recursos, reduzir despesas e reforçar a segurança do governador”, comparou.

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