Greve geral passa longe da fronteira com MS e rotina segue normal em Pedro Juan
A greve nacional no Paraguai que teve início na manhã de hoje (26) não alterou a rotina da cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Mato Grosso do Sul. Enquanto na capital Assunção o Exército e a Polícia Nacional acompanham o movimento grevista, comerciantes fecharam as portas e rodovias foram bloqueadas, na cidade vizinha à Ponta Porã a vida segue normal.
O presidente da Câmara Comercial e Industrial de Pedro Juan Caballero, Pedro Alcides Zanchet Bondiman, afirma que lojas, supermercados e demais estabelecimentos funcionam normalmente.
Bloqueios de rodovias também estão descartados no Estado. O protesto mais próximo foi a cerca de 200 quilômetros de Pedro Juan, no departamento de San Pedro.
De manhã, um ato reuniu 50 sindicalistas no Centro de Pedro Juan, que com uma caixa de som chamavam atenção para reivindicações dos trabalhadores.
Protesto – Trabalhadores, principalmente taxistas, exigem a prorrogação da suspensão por um ano da lei que obriga a realização da inspeção veicular, que termina em julho, e a revisão dos planos de aposentadoria para a categoria. Eletricitários, professores, trabalhadores do transporte público, da saúde e de empresas de telecomunicações também reforçam a mobilização em Ciudad del Este, segunda maior cidade do país.
No restante do país, outras categorias, como a de trabalhadores sem-terra, também protestam contra algumas ações do presidente Horacio Cartes, que assumiu no dia 15 de agosto de 2013. Na lista de exigências estão a agilização da reforma agrária, ampliação de rodovias e a anulação da lei que estabelece a criação de parcerias público-privadas no país. Sétimo maior exportador mundial de carne e quarto de soja, em 2013 o Paraguai teve o terceiro maior crescimento econômico do mundo, com 14,1% em relação a 2012. Vivem atualmente no pais, cerca de 7 milhões de habitantes.
