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Cidades

Grupo fraudou R$ 5,8 milhões de remédios até transporte escolar, diz PF

Graziela Rezende e Luciana Brazil | 15/08/2013 12:41
Envolvidos no escândalo chegam para depor na sede da PF em Campo Grande (Marcos Ermínio)
Envolvidos no escândalo chegam para depor na sede da PF em Campo Grande (Marcos Ermínio)

Investigações da Polícia Federal e da CGU (Controladoria Geral da União), de 2009 a 2010, apontaram fraudes em recursos públicos que totalizam R$ 5,890 milhões. Segundo a chefe da CGU, Janaina Gonçalves Theodoro de Farias, os principais desvios foram na saúde, com a compra de medicamentos, além de obras superfaturadas de creches e construção de anel viário.

“Ainda temos indícios de fraudes no transporte escolar e até mesmo na entrega dos remédios, que possivelmente não foram entregues. Todos os indícios de fraudes foram detectados em processo de licitação. A prefeitura de Corguinho, por exemplo, foi sorteada para receber as licitações, porém as outras são fruto de relatórios e investigações rotineiras”, afirma Janaína.

Com a apreensão dos documentos, a investigação terá outros desdobramentos. “O resultado concreto das ações só teremos depois de vasta análise dos papéis. Até o momento, seis pessoas foram indiciadas e destas, três já foram ouvidas, sendo que o ex-prefeito de Rochedo permanece detido por posse ilegal de arma”, fala a chefe da CGU.

Já a delegada chefe da Delefin (Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvio de Recursos Financeiros), Cecília Franco, ressalta que a operação se baseia na análise do material recolhido e interceptações telefônicas. “O processo corre em segredo de Justiça, referentes a prefeituras, empresas e residências e ainda temos indícios de irregularidades no ano passado”, comenta Franco.

Em entrevista, o superintendente da PF, Edgar Marcon, ressaltou que vê o conluio dos empresários como sendo um “fato marcante”, dizendo ainda que nenhum dos investigados foi reeleito e participavam de “processos montados”, direcionando a licitação para a empresa já pré estipulada.

“A operação já deveria ter sido deflagrada no ano passado, porém os três últimos prefeitos investigados tinham foro privilegiado e só agora foram liberados. Eles poderão responder por crimes de fraude na licitação, corrupção, formação de quadrilha e peculato”, finaliza o superintendente.

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