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Cidades

Horário de verão começa amanhã e médico dá dicas para o dia a dia

Christiane Reis | 15/10/2016 10:58
À meia-noite deste sábado, os relógios deverão ser adiantados em uma hora. (Foto: Alcides Neto)
À meia-noite deste sábado, os relógios deverão ser adiantados em uma hora. (Foto: Alcides Neto)

Todo ano é a mesma situação. Uns aprovam, outros são contra e há especialistas que defendem: adiantar o relógio em uma hora pode trazer alterações à vida das pessoas, mas nada que leve mais de 10 ou 15 dias, tempo estimado para adaptação.

Cardiologista e clínico, Luiz Ovando, explica que a grande questão em torno do Horário de Verão é a função de renovação orgânica, o que ocorre durante o sono. “Isso significa que o sono é uma grande função, da qual depende todas as outras, como neurológica, cardiológica e intestinal, para citar algumas. Quem dorme mal não tem plenitude das funções”, diz.

Ainda segundo o médico, quando se adianta o relógio em uma hora, não se mexe na natureza, não há mudança na luminosidade natural. “Então a pessoa que acorda costumeiramente às 6 horas adianta o relógio e quando acorda, já no horário de verão, o dia ainda estará escuro. Isso gera estresse, altera a capacidade de concentração, algumas pessoas podem ter alteração de pressão e de glicose”, detalha.

Talita de Oliveira acredita que as crianças sentem mais a mudança. (Foto: Alcides Neto)
Talita de Oliveira acredita que as crianças sentem mais a mudança. (Foto: Alcides Neto)

O que fazer? O médico orienta que a dica é dormir mais cedo, ingerir bastante liquido e praticar atividade física. Quem faz uso de medicamentos deve ficar atento e não descuidar dos horários de tomar os remédios. “ Em geral, dentro de uns 10 a 15 dias o corpo já estará adaptado”.

Para a recreadora Talita Gomes de Oliveira, 26 anos, as crianças são as que mais sentem o adiantar dos ponteiros. “Temos a sensação de acordar mais cedo, as crianças dão muito trabalho na hora de levantar, mas por outro lado também é possível aproveitar mais o dia”, avalia.
A dona de casa Elizabeth da Silva, 22 anos, concorda com Talita de Oliveira e acrescenta: “ É muito bom por causa da claridade, não fica tão perigoso sair de casa”.

Para o secretário Danilo Gomes, 24 anos, apesar de sentir diferença por conta da sensação de dormir menos, a adaptação ocorre facilmente. “Para mim a adaptação é tranquila”, diz. Já o militar, Cleiton Rodrigues, 30 anos, diz que o novo horário é “indiferente, não muda nada para mim”.

Adiantando os ponteiros - O horário de verão começa à meia-noite deste sábado (15), quando os relógios deverão ser adiantados em uma hora nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A medida, que vai até o dia 19 de fevereiro de 2017, atinge 11 unidades da Federação: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo.

A mudança no horário acontece sempre no terceiro domingo de outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro, exceto quando coincide com o feriado de carnaval. No Brasil, segundo a Agência Brasil, o horário de verão tem sido aplicado desde 1931, com alguns intervalos.

Economia - Segundo o Ministério de Minas e Energia, nos últimos dez anos, a medida tem possibilitado uma redução média de 4,5% na demanda por energia no horário de maior consumo e uma economia absoluta de 0,5%, o que equivale, em todo o período do horário de verão, aproximadamente ao consumo mensal de energia da cidade de Brasília, com 2,8 milhões de habitantes.

Para este ano, a expectativa do Operador Nacional do Sistema Elétrico é que a medida possibilite economia de R$ 147,5 milhões, que representa o custo evitado em despacho de usinas térmicas por questões de segurança elétrica e atendimento à ponta de carga no período de vigência do horário de verão.

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