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Cidades

Imunização contra gripe suína começa em março no Estado

Redação | 26/01/2010 14:50

O Ministério da Saúde começa em março a imunização nacional contra o vírus influenza H1N1, causador da gripe suína. Em Mato Grosso do Sul, a vacinação deverá contemplar aproximadamente 800 mil pessoas, incluindo-se crianças de seis meses a dois anos, idosos, índios e jovens de 20 a 29 anos de idade.

Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, serão quatro etapas de vacinação entre 8 de março e 7 de maio deste ano. Serão 83 milhões de doses, que tiveram investimento de R$ 1,006 bilhão.

A doença atingiu 39.679 pessoas no Brasil, sendo que 1.705 morreram. Em Mato Grosso do Sul foram 73 casos confirmados e 18 mortes, das quais seis na Capital, quatro em Três Lagoas, duas em Dourados, duas em Cassilândia, uma em Inocência, uma em Fátima do Sul e uma em Costa Rica. Nos números não estão contabilizadas as mortes das gêmeas indígenas.

Imunização - O ministério e a Secretaria Estadual de Saúde ainda não definiram os números de doses que serão destinados a Mato Grosso do Sul. No entanto, o Estado deverá receber aproximadamente 800 mil doses, considerando-se os 397 mil jovens de 20 a 29 anos, os 230 mil idosos com mais de 60 anos, os 68,7 mil índios, sem contar crianças, trabalhadores da área de saúde e grupos de risco.

A primeira fase se4rá de 8 a 19 de março, quando a vacina será aplicada nos trabalhadores da rede de atenção à saúde e a população indígena. A Funasa (Fundação Nacional do Índio) informou que o Estado conta com 68.792 índios de oito etnias.

A segunda fase da imunização, de 22 de março a 2 de abril, será voltada para mulheres grávidas, crianças de seis meses a dois anos de idade e pessoas com problemas crônicos. As crianças receberão duas doses, sendo meia na primeira e a outra 21 dias depois.

A terceira será voltada para adultos de 20 a 29 anos de idade no período de 5 a 23 de abril. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estima que o público desta faixa etária soma 397.743 pessoas em Mato Grosso do Sul.

Na quarta fase serão vacinados os idosos, de 24 de abril a 7 de maio. Eles também serão vacinados contra a gripe comum, como acontece todos os anos. No Estado, 230 mil moradores possuem mais de 60 anos. No Brasil, são 22,3 milhões.

A estratégia definida pelo Ministério da Saúde foi aprovada por sociedades médicas do país. Representantes dessas entidades participaram de reunião com o ministro José Gomes Temporão durante a manhã desta terça-feira, antes do anúncio das diretrizes adotadas pelo Brasil para o enfrentamento da pandemia.

"Essa é uma estratégia completa que inclui a vacina, um instrumento poderoso para o controle da doença, e recursos para fortalecer a atenção básica, ampliar o número de leitos de UTI e aumentar o estoque de medicamentos para o tratamento da doença", afirma Temporão.

"A estratégia é produto de uma grande discussão e debate com as próprias sociedades especialistas e ouve um consenso em relação ao que foi definido", acrescenta.

Os 26 estados e o Distrito Federal receberão um número de doses proporcional à população dos grupos prioritários. Caberá às Secretarias Estaduais de Saúde distribuir as vacinas aos municípios, obedecendo ao mesmo critério. As secretarias estaduais e municipais de Saúde vão definir conjuntamente os locais de vacinação.

A imunização será realizada ao mesmo tempo em todo o país. São 36 mil salas de vacina, nos 26 estados e no DF. As pessoas dos grupos indicados devem comparecer às unidades de saúde com a carteirinha de vacinação e documento de identidade. A vacina é contra-indicada a quem tem alergia a ovo.

"Por sua complexidade, esta campanha será o maior desafio já enfrentado pelo Programa Nacional de Imunização. Portanto, é fundamental a colaboração de todo o país para garantirmos o êxito em proteger, ao máximo, nossa população", avalia o ministro da Saúde.

Outras ações - Para a segunda onda pandêmica, o Ministério da Saúde também reforçará as ações de diagnóstico, tratamento e assistência aos pacientes. O número de laboratórios para diagnóstico do vírus pandêmico passou de 7 para 14.

O estoque nacional de antivirais para o tratamento da gripe pandêmica é de 21,9 milhões de tratamentos. Esse estoque inclui 6,2 milhões de tratamentos em estado bruto, armazenados em tonéis que restaram do estoque estratégico adquirido em 2006 para preparação para uma eventual pandemia de gripe aviária.

Também compõem esse estoque de 21,9 milhões outros 11,5 milhões de tratamentos prontos para consumo e outros 4 milhões em matéria-prima estocada em tonéis, comprados para 2010. O Ministério adquiriu também 200 mil tratamentos de zanamivir

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