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Cidades

Inquérito sobre morte de bebê ainda aguarda laudo

Redação | 17/03/2010 11:40

A Polícia Civil ainda aguarda o laudo considerando peça decisiva na investigação sobre a morte de um bebê, em Ivinhema, ocorrida durante briga envolvendo dois médicos que disputavam a realização do parto, no dia 23 de fevereiro.

O laudo esperado é de um exame que está sendo feito em São Paulo, em amostras da placenta. Conforme o delegado responsável pelo caso, Lupérsio Degerone Lúcio, o resultado da análise em laboratório vai ajudar a responder as principais perguntas do caso: se o fato de os médicos terem perdido tempo discutindo e trocando agressões fez com o que bebe passasse por sofrimento no útero e se ele sofreu algum tipo de intoxicação por medicamentos usados para acelerar o parto.

Conforme o delegado, a previsão é concluir inquérito no prazo de 30 dias, que vence na semana que vem, mas isso vai depender da chegada do laudo e também de novos depoimentos a serem tomados.

O delegado quer ouvir novamente a mãe do bebê, Gislaine de Matos Rodrigues, 32 anos, e funcionários que estavam no hospital no dia em que a criança morreu.

Os dois médicos envolvidos, Sinomar Ricardo, e Orozimbo Ruela, acusam um ao outro de terem iniciado as agressões durante o procedimento. Enquanto eles brigavam, mãe estava na sala de parto, já sob o efeito de medicamentos para acelerar o nascimento da criança. Um terceiro médico foi chamado, mas o bebê não resistiu.

Segundo o delegado, não há registro de um caso parecido no País, o que dificultou até mesmo a tipificação criminal. De acordo com ele, os dois médicos podem ser indiciados por aborto doloso, que prevê pena de 3 a 10 anos de reclusão.

O crime seria doloso porque, ao brigar em plena sala de parto, os profissionais teriam ignorado os riscos que isso representava e por isso o caso é ainda mais grave.

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