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Interior

Acordo prevê desocupação de aterro e conversa entre índios e prefeita

Alan Diógenes | 27/05/2014 22:01
Com a ocupação dos índios, caminhões não entravam no aterro sanitário e lixo acumulou pelas ruas da cidade. (Foto: Divulgação)
Com a ocupação dos índios, caminhões não entravam no aterro sanitário e lixo acumulou pelas ruas da cidade. (Foto: Divulgação)

Um grupo indígena de nove aldeias da região de Miranda, a 205 quilômetros de Campo Grande, decidiu desocupar, nesta quarta-feira (27), o aterro sanitário da cidade que havia sido invadido em forma de protesto. Eles ocuparam o local para reivindicar políticas públicas da prefeita Marlene Bossay (PMDB), que segundo eles, não queria ouvir os pedidos de melhorias para as comunidades.

De acordo com o advogado da classe indígena, Luiz Henrique Eloy, a decisão foi tomada durante uma audiência de reconciliação entre índios e a prefeita promovida na 4ª Vara da Justiça Federal, em Campo Grande, na tarde de hoje. Os indígenas só decidiram deixar o aterro, por que o juiz Pedro Pereira determinou que o MPF (Ministério Público Federal) faça um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a prefeita, para que a mesma receba os índios em seu gabinete para ouvi-los sobre o que querem de obras nas comunidades. O MPF vai fiscalizar os atos da prefeita, que tem 90 dias para atender as reivindicações.

Segundo o advogado Luiz Henrique, os indígenas saíram satisfeitos da reunião. “Eles já estavam cansados de não serem ouvidos pela prefeitura, mas classificaram a reunião desta tarde como positiva, por que conseguiram o dialogo com ela, que se comprometeu dizendo que vai atender aos pedidos das comunidades. Apesar de terem conseguido o que queriam infelizmente de modo judicial, eles estão feliz com o que ouviram”, destacou.

Conforme Luiz, os índios querem que seja feita a conclusão de uma ponte em uma das comunidades, pedem iluminação pública adequada e um atendimento de qualidade na educação dos jovens.

Caso - Desde a última terça-feira (20), o aterro sanitário de Miranda está bloqueado por um grupo indígena de nove aldeias. Os Terena fecharam a entrada do local e, desde então, nenhum caminhão consegue entrar para despejar o lixo recolhido. Com a situação, o lixo de toda a cidade não foi recolhido, o que gerou uma grande sujeira nas ruas. A prefeita Marlene Bossay agiu de forma radical e pediu a reintegração de posse, o que deixou o conflito com os indígenas ainda maior.

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