No 2º dia sem ônibus, valor por quilômetro mais que dobra em corridas por app
Corrida de R$ 30 está passando dos R$ 70 na manhã desta terça-feira em Campo Grande
Campo Grande começou esta terça-feira sob chuva e pelo segundo dia consecutivo sem transporte coletivo urbano. A greve dos motoristas de ônibus segue sem acordo e voltou a impactar diretamente a rotina de quem depende do serviço para trabalhar ou acessar serviços básicos.
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A greve dos motoristas de ônibus em Campo Grande entrou no segundo dia consecutivo, deixando a população sem transporte coletivo urbano. A paralisação tem impactado principalmente moradores de bairros afastados do Centro, que precisaram recorrer a alternativas como aplicativos de transporte, caronas ou caminhadas. Com a ausência dos ônibus e sob chuva, as tarifas dos aplicativos de transporte dispararam. Uma corrida que normalmente custaria R$ 30 chegou a R$ 71,61 em algumas modalidades. A categoria reivindica melhorias nas condições de trabalho e avanços salariais, com audiência de conciliação prevista para esta quarta-feira.
Com a frota parada, usuários recorreram aos aplicativos de transporte logo nas primeiras horas da manhã e encontraram tarifas bem acima do habitual. Por volta das 6h, uma corrida curta entre a Rua Pedro Eduardo Leite, no Centro-Oeste, e a Rua do Alto, no bairro Santa Fé, custava R$ 65,10 no Uber Pop, R$ 71,61 no Pop Expresso e R$ 35,60 na categoria Moto.
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No mesmo trajeto, o UberX saía por R$ 57,74, o Comfort por R$ 59,61 e o Preço Flex por R$ 54,02. Em dias sem paralisação, o valor médio para esse deslocamento não passava de R$ 30.
Levando em conta essa corrida, valor médio subiu de R$ 7,50 por quilômetro para R$ 16,40, mais que o dobro.
A própria plataforma indicava “preços mais altos do que o normal”, reflexo direto do aumento da demanda provocado pela ausência dos ônibus.
Desde as primeiras horas, pontos de ônibus ficaram vazios e terminais sem movimentação, enquanto trabalhadores, estudantes e idosos precisaram buscar alternativas, como aplicativos de transporte, caronas ou longas caminhadas. Em algumas regiões da Capital, o impacto foi maior, especialmente nos bairros mais afastados do Centro.
A greve dos motoristas ocorre em meio a reivindicações da categoria, que cobra melhorias nas condições de trabalho e avanços nas negociações salariais. Até o momento, não houve acordo entre o sindicato dos trabalhadores, as empresas concessionárias e o poder público que garantisse a retomada do serviço.
Os trabalhadores do transporte coletivo decidiram manter a greve e não cumprir a determinação judicial que prevê a circulação mínima de 70% da frota, por se tratar de serviço essencial. A categoria afirma que a paralisação continua diante da falta de avanço nas negociações.
O impasse só deve voltar à mesa nesta quarta-feira, quando está prevista uma audiência de conciliação entre o Consórcio Guaicurus e a Prefeitura de Campo Grande. O Poder Executivo afirma estar em dia com o pagamento da tarifa técnico, repassada ao Consórcio.




