Adolescentes confessam à polícia plano de massacre inspirado no nazismo
Adolescentes indígenas vão passar por audiência judicial antes de serem encaminhados à Unei
A Polícia Civil confirmou, ao fim da tarde desta terça-feira (30), que os três adolescentes detidos na EMI (Escola Municipal Indígena) Francisco Meireles, em Dourados, tinham a intenção de cometer um massacre. Em depoimento, eles confirmaram todo o plano, desarticulado pela Guarda Civil do município, situado a 251 quilômetros de Campo Grande.
RESUMO
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Três adolescentes foram detidos na Escola Municipal Indígena Francisco Meireles, em Dourados (MS), após planejarem um massacre. Em depoimento à Polícia Civil, eles confirmaram a intenção de atacar professores e alunos. Os suspeitos chegaram à escola armados com facas, machete e usando balaclavas. A ação foi impedida pela direção e inspetoria após uma palestra sobre bullying. Dois dos adolescentes exibiam suásticas nazistas tatuadas no braço. O líder do grupo confessou que o plano, inspirado em conteúdos violentos da internet, começaria com um ataque à professora de Geografia.
Fontes ouvidas pelo Campo Grande News relataram que os adolescentes foram apreendidos pelo crime de ameaça e por contravenção que prevê causar pânico à população. Eles passarão por audiência judicial antes de serem encaminhados à Unei (Unidade Educacionais de Internação).
"Realmente eles tinham a intenção de matar. Eles disseram que viram isso e queriam fazer. Um dos pais estava horrorizado, porque eram meninos bons, e, de um tempo para cá, viraram isso aí, enlouqueceram. A intenção deles realmente era promover um massacre dentro da escola", disse uma testemunha.
Segundo o diretor da escola, os suspeitos chegaram armados com facas, machete, balaclavas e luvas. Dois deles não eram da turma. “Infelizmente uns alunos na nossa escola planejaram executar um massacre. Eles só falavam em matar professores e todos da escola. Estavam preparados para cometer o crime e fugir”, relatou.
A ação da direção e da inspetoria impediu que o ataque fosse executado. As aulas foram suspensas e a comunidade escolar expressou preocupação com a segurança. “Em todo momento eles falavam em massacre, massacre e isso deixou todos em pânico. São alunos de poucas falas, mas muito determinados”, acrescentou o responsável pela EMI.
Entenda o caso - De acordo com o boletim de ocorrência, a situação começou por volta das 10h10, logo após a guarnição da Ronda Escolar concluir uma palestra sobre bullying e violência escolar. A Central de Comunicações da Guarda Municipal recebeu uma denúncia sobre a presença de três indivíduos armados na escola Escola Municipal Indígena Francisco Meireles.
Ao chegarem ao local, os policiais encontraram os três menores na sala da direção. Entre os itens apreendidos estavam facas, um machete, capuzes e uma calça camuflada. Dois dos adolescentes também exibiam suásticas nazistas tatuadas no braço.
Segundo a Guarda, um dos menores assumiu ser o líder do grupo e confessou que planejava um "massacre na escola", inspirado em conteúdos violentos encontrados na internet. O plano incluía atacar inicialmente a professora de Geografia e posteriormente outros alunos.
A professora relatou que, ao retornar do intervalo, encontrou os três adolescentes encapuzados, virados para a parede e em silêncio. Quando a professora tentou retirá-los da sala, outros alunos informaram que dois deles não pertenciam à turma. Durante a intervenção do monitor e da direção, os artefatos foram localizados e a Guarda foi acionada.
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